Thiem: «Dediquei a vida toda a isto, é um sonho de criança»

Thiem: «Dediquei a vida toda a isto, é um sonho de criança»

Por José Morgado - setembro 14, 2020
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Dominic Thiem, o novo campeão do US Open e de torneios do Grand Slam, apareceu de sorriso nos lábios e emoção nos olhos em conferência de imprensa, depois de concretizar o sonho de uma vida. O austríaco de 27 anos lembra os tempos em que, em menino, sonhava com um destes títulos e o momento em que percebeu que talvez fosse mesmo possível.

“É o sonho de uma vida. É o dia em que devolvo muitas das coisas que a minha família fez por mim ao longo de todos estes anos. Eu dediquei toda a minha vida a isto, a tentar vencer um dos quatro maiores títulos do ténis. Fui aproximando-me desse objetivo e percebi que um dia poderia ganhar um Grand Slam. Para mim, este dia significa todas essas coisas”, assumiu em conferência de imprensa.

Thiem admitiu ainda que entrou muito nervoso na final. “Honestamente, jogar as três finais anteriores não me ajudou nada. Entrei muito nervoso, muito tenso e estive sempre a pensar nas três finais que já tinha perdido e no quão mau seria ficar 0-4 em finais. Não sabia se ia ter outra oportunidade e tudo isso. Para o Sascha Zverev era a primeira final, mas para mim também não foi fácil de gerir, porque era o favorito e no fundo os dois sabíamos que esta era uma enorme chance pelo facto de o Big 3 não estar aqui”.

Dominic Thiem revela que não ficou totalmente surpreendido com o facto de o seu primeiro Grand Slam não ter sido em terra batida. “Quando comecei a acreditar que poderia ganhar um Grand Slam, achei sempre que seria Roland Garros, mas desde o final do ano passado passei a compreender melhor que tinha um ténis bom para os pisos rápidos. Antes deste US Open, o melhor Grand Slam da minha carreira tinha sido o Australian Open deste ano…”

O austríaco falou ainda dos problemas físicos que sentiu durante a quinta partida. “Tive cãibras. Já não tinha há alguns anos. Mas foi essencialmente mental. Estava tão comprimido mentalmente que isso afetou-me o corpo. Entrei completamente a 100 por cento e acredito que vou estar totalmente bem fisicamente em Roland Garros, tenho tempo para recuperar”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com