Murray fala sobre preparação física e mental para os vários jogos longos no ano

Murray fala sobre preparação física e mental para os vários jogos longos no ano

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 10, 2023
murray indian wells 2023
Jonathan Moore/BNP Paribas Open

Andy Murray parece não saber ganhar de forma tranquila em 2023. Pela sétima vez nesta temporada, diante de Etcheverry na estreia do Masters 1000 de Indian Wells, o britânico ganhou um encontro no set decisivo e permanece sem qualquer derrota em partidas deste tipo. Como é que isso se explica? O próprio Murray confessa que o coração ainda bate muito forte.

CAPACIDADE DE LUTA

É fácil se deixar levar pela frustração quando as coisas não correm como queres. Há momentos em que vejo que o meu nível não é o que desejaria, mas estou a saber lutar até ao fim, manter uma atitude positiva. Isso é o que me está permitindo ganhar estes jogos equilibrados. Sei que vão chegar algumas derrotas em breve, mas também sei que estou preparado física e mentalmente para estas batalhas. Por muitas más decisões que às vezes tomo em quadra, digo a mim mesmo que tenho de lutar até ao fim porque vou ter oportunidades se o fizer.

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OBJETIVOS EM TERMOS DE RANKING

A nível de ranking, não tenho claras as prioridades porque vou jogar menos do que a maioria dos tenistas, embora este ano vá jogar alguns torneios em saibro. O fundamental é Wimbledon. Há coisas que quero alcançar antes de terminar a minha carreira, mas a prioridade é dar o maior esforço a cada dia e terminar a carreira de uma maneira boa.

AINDA ACREDITA EM GRAND SLAMS?

Ainda acredito que sou capaz de chegar às últimas rodadas de Grand Slams. O que aconteceu na Austrália foi muito emocionante, já que muita gente me disse que fui inspirador para eles e que se emocionaram a me ver jogar. Isso também é muito enriquecedor para mim, mas não continuaria a jogar se não pensasse que podia fazer resultados importantes nos torneios mais importantes do mundo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt