Wimbledon volta atrás e vai permitir participação de russos e belarussos

Wimbledon volta atrás e vai permitir participação de russos e belarussos

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 10, 2023

Só falta ser oficial, mas a decisão está tomada. Wimbledon voltou atrás em relação ao que fez na temporada passada e vai permitir que os tenistas russos e belarussos disputem o Grand Slam britânico em 2023. Daniil Medvedev, Andrey Rublev, Aryna Sabalenka e companhia recebem esta boa notícia, sendo que há, no entanto, algo que os russos e belarussos terão de garantir no All England Club.

Segundo o “Daily Mail”, os jogadores dos dois países vão ter de competir sem bandeira, tal como tem acontecido no circuito ATP e no WTA desde o início da guerra na Ucrânia. Além disso, eles serão expulsos na hora se manifestarem algum tipo de apoio a Vladimir Putin e à investida russa em solo ucraniano.

Apesar desta medida, não será preciso assinar uma declaração oficial contra a guerra na Ucrânia, como chegou a ser colocado em cima da mesa na temporada passada. A organização vai solicitar que os jogadores assinem um código de conduta em que se confirma que não vão exibir nenhum símbolo do seu país e que não vão falar de forma positiva sobre o que se está a passar em solo ucraniano. Além disso, já sem ter a ver com os jogadores, as bandeiras russas serão banidas das arquibancadas em Wimbledon.

A Lawn Tennis Association (LTA) cede à pressão feita, também pelo impacto que poderia ter nas suas contas se voltasse a fechar a porta a russos e belarussos. De acordo com a mesma fonte, estimavam-se perdas de mais de 20 milhões de libras através de possíveis sanções da ATP, sendo que havia a hipótese real de torneios como o ATP 500 de Queen’s ou o 250 de Eastbourne não se realizarem como consequência. Agora, nada disso se coloca.

Ainda há a garantia de que o governo britânico não se vai colocar no meio desta decisão da organização de Wimbledon. Ou seja, não existe o risco de o visto ser negado a russos e belarussos.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt