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Gastão Elias: «Que os astros se alinhem e tenha força para aguentar mais uma epopeia»
Gastão Elias continua endiabrado no Centralito, desta feita ao qualificar-se para as meias-finais do Oeiras Open 2. Depois de conquistar o Oeiras Open 1 em grande estilo, o lourinhanense superou Zsombor Piros numa dura batalha de três sets e marcou duelo com Zdenek Kolar.
ANÁLISE AO ENCONTRO
Sinto-me bem, muito feliz. Em alguns momentos achei que poderia acabar da pior maneira. Estava bastante cansado do jogo de ontem, junto já com o jogo que começava a ficar longo. Mas no geral joguei um pouco abaixo dos outros dias. O positivo é que me mantive mentalmente estável, tentei arranjar soluções. Apesar de não ter feito.
COMO SE SENTE FISICAMENTE
Está tudo relativamente bem. Está a uns bons 90 e poucos. Estou bastante fatigado. São muitos encontros seguidos, com pouco tempo de descanso, mas tenho-me aguentado bem. Fiquei feliz de ver o meu adversário a ter algumas dificuldades físicas porque olhando para mim, vindo de um jogo duro como foi, longo, e ainda assim chegar ao dia de hoje e acabar provavelmente melhor do que o meu adversário dá-me bastante motivação. Sinto que estou realmente a ficar bem preparado fisicamente para o que aí vem.
O QUE ESPERA DE KOLAR
O computador do Guilherme estava meio estragado porque deu-me umas táticas erradas. (risos) Supostamente, o Piros era mais defensivo e hoje foi bastante agressivo. Surpreendeu-me a mim e ao Guilherme. Também fica muito mais fácil jogar desta maneira porque ele sabia que eu era o favorito, foi sem muito a perder. Senti-o bem solto desde início. Em relação ao Kolar, vamos ver. Vai ser um jogo complicado, duro, físico também. É um jogador que tem como ponto forte a parte física, nunca desiste de nenhum ponto. Vai ser um bom obstáculo e um bom teste para mim. Espero desta vez contar com a ajuda do público desta vez porque no ano passado não tive essa oportunidade. Espero que todos os astros se alinhem e tenhamos aí uma força para aguentar mais um dia e mais um epopeia dentro de campo.
DIFICULDADE DE GANHAR TORNEIOS EM SEMANAS SEGUIDAS
É bastante difícil de se lidar. É duro fisicamente e mentalmente. O físico tem-se aguentado mais ou menos bem. O problema daqui para a frente vai ser o mental, ir buscar forças, lutar e arranjar outras armas para ganhar o encontro. Acho que o facto de poder jogar em casa e usar o público a meu favor, ir buscar aquela força mental extra que noutro lugar podia fraquejar, é importante. Só temos de saber aproveitar isso. Junto a isso estou a jogar um bom ténis, estou a sentir-me bem fisicamente, apesar de um pouco cansado. Há que aproveitar todos os fatores e o que posso juntar e ter a meu favor.
MELHOR TÉNIS DA CARREIRA
O meu melhor momento foi quando andava a jogar em quadros ATP. Mas se falarmos sobre se estou a jogar o meu melhor ténis, aí já é diferente. Sinto-me a jogar bem já há algum tempo. Estas vitórias consecutivas demonstram isso. Tenho arranjado armas e soluções para todos os tipos de adversários que me têm aparecido à frente. É mais um ponto positivo para o meu momento de forma. Não quero olhar só para os meus adversários, mas para o que tenho feito. Hoje era um jogo muito compmlicado, estava a ter dificuldades com o serviço, a faer muitos mais erros do que nos últimos encontros e mesmo assim arranjei maneira para sair com uma vitória. Todos estes jogos contribuem para a minha confiança e só me dão mais valor ao que tenho feito.
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