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Federer: «Não consigo imaginar se houvesse redes sociais no início da minha carreira»
A questão da saúde mental ganhou mais destaque do que nunca depois de Naomi Osaka desistir de Roland Garros devido à pressão que sentia nas conferências de imprensa. Em Wimbledon, a jovem Emma Raducanu teve um ataque de ansiedade a meio do encontro dos oitavos-de-final e não conseguiu voltar ao court. Ora, tudo isto levou Roger Federer a refletir em relação ao tema, colocando-se no lado das jogadoras.
“Segui a caminhada incrível da Emma Raducanu em Wimbledon e também a Naomi Osaka nos últimos anos. As histórias delas são fantásticas. Mas dói quando vês o que acontece e quando não se sentem bem. O stress é enorme e acho que tem a ver com as redes sociais. Nos primeiros dez anos da minha carreira não havia redes sociais, tinha só um site. Nos dez anos seguintes, as redes estavam em todo o lado”, apontou, numa extensa entrevista à GQ.
Dentro da mesma linha, Federer fez questão de reforçar a ideia de que algo deve mudar na forma como é feita a relação entre tenistas e jornalistas. “Sou um dos atletas que deu mais conferências de sempre! E concordo que é sempre igual. Sempre. Os jogadores, os torneios, jornalistas, todos temos de nos sentar numa sala e falar. ‘OK, o que é que funciona para ti, o que funciona para nós’. Precisamos de uma revolução ou, pelo menos, de uma evolução. Penso que temos de ajudar a generação mais nova. Não consigo imaginar se houvesse redes sociais no início da minha carreira. Não faço ideia de como teria lidado com isso. Temos de nos lembrar que os jogadores de ténis também são humanos”, apontou.
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