Entidades reguladoras criam Comissão Independente para melhorar o combate à corrupção
Passado mais de uma semana desde que despoletou a polémica em torno dos resultados combinados no ténis, surgiu um comunicado por parte das entidades reguladoras como um primeiro passo na solução deste problema. A longo das próximas semanas, a Tennis Integrity Unit passará por um programa de revisão que visa apontar possíveis falhas na estrutura para, assim, poder corrigi-las e melhorar a sua forma de funcionamento.
Uma conferência de imprensa foi organizada esta manhã no Open da Austrália para anunciar a criação do Conselho Independente de Revisão (IRP), cujo objetivo será “rever os termos em que atua e a eficácia do Programa de Anti-Corrupção do Ténis (TACP)“, ou seja, aquele que pode ser considerado o “manual de instruções” da Tennis Integrity Unit.
Este processo de revisão vai ter em conta os comentários que têm sido feito publicamente por nomes como Novak Djokovic, Rafael Nadal, Andy Roddick ou Roger Federer. O objetivo será estudar a forma de operação da Tennis Integrity Unit, elaborando um relatório com recomendações ao nível interno e também de outros possíveis recursos que poderá ser utilizados.
Um dos grandes objetivos deste conselho vai ser também descobrir de que forma é que a TIU poderá ser mais transparente – uma das grandes críticas que têm sido apontadas – sem que isto comprometa a sua integridade e eficácia nas investigações. A comandar as operações estará Adam Lewis QC, um nome reconhecido em Londres no que toca à lei desportiva.
“O ténis mantém-se como um dos desportos líder em termos de integridade. Temos tolerância zero em todos os aspetos de corrupção e estamos absolutamente comprometidos e eliminá-la, custe o que custar”, pode ler-se no comunicado, assinado pelos presidentes da ATP, WTA, ITF e dos quatro Grand Slams.