Djokovic diz que derrotas para Federer e Nadal o ajudaram no início da carreira

Djokovic diz que derrotas para Federer e Nadal o ajudaram no início da carreira

Por Pedro Gonçalo Pinto - junho 12, 2023

Novak Djokovic completou um grande sonho ao se tornar o homem com mais títulos de Grand Slam na história. O sérvio desfez o empate com Rafael Nadal ao conquistar Roland Garros neste domingo (11), sendo que falou da importância que tanto o espanhol como Roger Federer tiveram nesta caminhada.

O QUE SIGNIFICA GANHAR O 23º GRAND SLAM

O fato de haver história em jogo esteve na minha mente, mas a minha equipe criou uma grande bolha à minha volta e não queria ruído desnecessário. Só queria me concentrar na final. Quando vi que a direita dele foi fora, me atirei para o chão e foi uma grande sensação de alívio. Quando você termina um torneio destes é muito bom ter o título, mas você se sente como uma bola sem ar. Há tanta tensão, estresse, expectativas… É evidente que isso também dá motivação, mas pode ser uma carga. Tentei me manter no presente e não posso estar mais feliz por compartilhar com a minha equipe e com a minha família.

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PELA PRIMEIRA VEZ À FRENTE DE FEDERER E NADAL

Tudo acontece por uma razão, então acredito que são uma parte importantíssima deste êxito, de quem sou como pessoa e como jogador. As minhas rivalidades com ambos são as maiores que já tive e são jogos que me definem, sobretudo no início da minha carreira. Não tive muito sucesso contra eles. Quando ganhei em 2008 na Austrália, o meu primeiro Grand Slam, acho que ia encontrá-los mais vezes nas grandes ocasiões, mas isso não aconteceu durante três anos. Duvidei de mim mesmo, sofri muito, não era capaz de os vencer e dar o passo seguinte. Quando perdia para eles questionava muito do que fazia nos treinos, preparação, aspecto mental, físico. Até analisei a minha personalidade. Estas rivalidades contribuíram muito para o fato de agora ter 23 Grand Slams.

PRÓXIMO GRANDE OBJETIVO

Adoraria voltar a ter uma oportunidade em Nova Iorque. Seria lindo ganhar Wimbledon, que é uma montanha muito diferente de escalar e o fato de ter ganho as últimas quatro edições me dá uma confiança diferente. Se isso acontecer, e é um ‘se’ muito grande, adoraria voltar a ter a oportunidade de voltar a fazer história no US Open. Não o consegui fazer há dois anos diante de Medvedev, mas sempre senti o amor de todos os nova iorquinos e aquele foi diferente, o amor que me deram me preencheu. Tenho muita vontade de voltar.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt