Kyrgios compara Federer a Michael Jordan e arrisca quantos Grand Slams Djokovic vai ganhar

Kyrgios compara Federer a Michael Jordan e arrisca quantos Grand Slams Djokovic vai ganhar

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 20, 2024

Com as funções de comentarista durante o Australian Open 2024, Nick Kyrgios falou sobre tudo aquilo que Novak Djokovic significa. O australiano fez questão de mencionar a importância de Roger Federer, mas também arriscou quantos Grand Slams acha que o sérvio ainda vai vencer.

O MELHOR DE SEMPRE COM ‘AJUDA’ DE FEDERER

A direita do Djokovic é muito sólida e com a esquerda consegue fazer o que quiser. Talvez seja a melhor esquerda que uma quadra de tênis já viu. Depois o seu serviço também é sólido e é o melhor retornador da história. O seu jogo na rede nem sempre foi letal, mas é suficientemente bom. Além disso, é um dos jogadores com melhor movimentação. Sem dúvida, Novak é o melhor de todos os tempos, mas não significa que fosse quem eu mais gostava de ver. Roger Federer é o mais agradável de ver, o mais talentoso, faz com que tudo pareça fácil, é como o Michael Jordan do tênis. Sem Roger nunca teria havido um Novak ou um Nadal, alguém querendo escalar nas estatísticas.

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O MAIS COMPLETO

Djokovic é o mais completo, também em todas as superfícies, porque Nadal é dominador em uma e Novak em todas. A simples capacidade de meter a bola onde quer está subvalorizada. É algo que senti ao jogar com ele, pois podia mudar a direção com qualquer golpe que batesse.

QUANTOS MAIS GRAND SLAMS VAI GANHAR

Acho que vai ganhar pelo menos mais três ou quatro Grand Slams. Imagino que também alguns ATP 500 e Masters 1000. Sinner já lhe ganhou algumas vezes na Taça Davis e no ATP Finals, mas até que Djokovic comece a perder Slams consecutivos com derrotas feias, para mim será sempre o favorito em qualquer torneio.

RECORDE DE MARGARET COURT

Acho que o recorde de Margaret Court (24) está na sua mente. Quer ser o maior vencedor de todos os tempos e a medalha de ouro olímpica também é importante para ele. Quer ter todos os recordes quando acabar, embora também pense que está desfrutando de ser uma versão melhor de si mesmo a cada dia. Essa é a loucura do tênis. Cada vez que vais para a quadra procuras melhorar algo e acho que ele simplesmente gosta disso, desfruta do processo. Não sei, eu não sou assim, não sou o atleta que ele é e por isso é que o admiramos tantos e por isso tenho tanto respeito pelo Big Three, pelo Andy Murray e pelo Stan Wawrinka.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt