Mannarino explica as diferentes formas como pode descobrir qual é o seu adversário

Mannarino explica as diferentes formas como pode descobrir qual é o seu adversário

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 20, 2024

Adrian Mannarino seuge às oitavas do Australian Open ainda sem saber quem vai ter pela frente. O francês tem a particularidade de tentar fugir ao máximo de saber quem são os seus adversários, o que será especialmente complicado de fazer desta vez, já que terá Novak Djokovic no outro lado da rede.

O TRIUNFO SOBRE SHELTON

Foi um jogo muito duro e comprido, com muitas coisas para avaliar. Passei por momentos muito bons e outros ruins, a que consegui sobreviver. A tensão que houve no fim foi tremenda, nem conseguia pensar sobre como jogar os pontos, só tentava ganhá-los como fosse possível. Me impressionou muito o quanto o Shelton melhorou desde a última vez que jogamos. No quarto set estava convencido de que ia perder. Ele é uma autêntica besta no serviço e a bola dele quica muito. Estou certo de que vai ter resultados muito importantes ao longo da carreira. 

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SEM ESCONDER O CANSAÇO

Ontem fui para a quadra e aos 15 minutos disse ao meu treinador para irmos para o hotel descansar porque já tinha tido tênis suficiente nos dias anteriores. A prioridade é recuperar bem. Chegou um momento neste jogo com o Shelton em que pude desligar o cérebro de toda a dor física que sentia e me limitei a correr de um lado para o outro. A chave para mim é não pensar.

SEM SABER O ADVERSÁRIO

Não acho que precise de nenhum tipo de preparação especial antes de um jogo, parece-me uma idiotice. Quanto mais tarde souber quem é o meu adversário, melhor para mim, porque assim não penso nisso. A média de tempo em que sei quem é, é uma hora. Por exemplo, soube que jogava contra o Shelton porque estava vendo nas telas do restaurante onde estava onde é que os meus amigos Mahut e Roger-Vasselin iam jogar duplas. De repente, vi o meu nome juntamente com o do Ben. Cada dia é diferente. Antes do jogo com o Munar, soube com mais tempo porque o condutor que me trouxe ao clube desejou-me boa sorte para o meu duelo com Munar.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt