Tsitsipas e a sua esquerda: "Não quero dizer que sou herdeiro de Federer, mas..."

Tsitsipas e a sua esquerda: “Não quero dizer que sou herdeiro de Federer, mas…”

Por Pedro Gonçalo Pinto - agosto 29, 2023
tsitsipas esquerda
Manuela Davies/USTA

Stefanos Tsitsipas iniciou o US Open 2023 de forma convincente, derrotando Milos Raonic pela primeira vez. O grego foi implacável, mas a coletiva de imprensa ficou mais marcada por declarações curiosas em relação à sua… esquerda de uma mão.

VITÓRIA SOBRE RAONIC

Foi uma exibição consistente da minha parte, um bom jogo para uma primeira rodada em que consegui manter a concentração. Sabia que enfrentava um dos melhores sacadores do mundo e que ele ia jogar sem pressão, mas soube me adaptar ao seu ritmo. Fiz tudo certo em nível tático e acabei com sensações muito boas. Este jogo me dá confiança.

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QUANDO ESCOLHEU A ESQUERDA DE UMA MÃO

Houve um tempo em que tive muitas dúvidas, em uns treinos jogava com duas e outras com uma. Tinha 8 anos e lembro-me perfeitamente de chegar à quadra e dizer ao meu treinador que queria jogar com uma mão. Ele disse que eu tinha de decidir de vez e não voltei atrás. Não me arrependo, mesmo que o jogo te leve a jogar a duas mãos por ser mais rápido, já que é mais fácil controlar a bola assim. Tenho muita fé na esquerda com uma mão e é parte da minha identidade.

QUEM O INSPIROU

Os meus grandes ídolos jogavam com a esquerda a uma mão. Adorava Sampras, embora jogo assim graças a Roger Federer. Não quero me dizer herdeiro dele, mas sinto que estou aqui para que a esquerda de uma mão não morra. Ser o sucessor do Roger neste golpe me leva a querer melhorá-lo a cada dia, embora não esteja nem perto. É uma maneira de reconhecer a grandeza dos meus ídolos.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt