Zverev tem saudades de... superfícies diferentes: "Saibro e quadra dura são quase iguais"

Zverev tem saudades de… superfícies diferentes: “Saibro e quadra dura são quase iguais”

Por Pedro Gonçalo Pinto - novembro 12, 2024

Alexander Zverev manteve a boa fase demonstrada no Masters 1000 de Paris para entrar com tudo no ATP Finals, batendo Andrey Rublev. No entanto, a coletiva de imprensa do alemão ficou marcada por uma análise interessante sobre as superfícies de hoje em dia, com destaque para Turim.

“A quadra é muito lenta para piso rápido indoor. Não me queixo porque gosto de superfícies lentas, rápidas, não me interessa muito. Mas neste momento estamos perdendo um pouco os estilos de jogo. A razão é que acho que saibro e quadra dura são quase iguais agora. Têm quase a mesma velocidade, com exceção de Cincinnati e Paris-Bercy, que são mais rápidas. Tenho saudades das diferenças das superfícies porque antes havia uma clara diferença entre saibro e quadra dura descoberta. Quando o Roger ainda jogava, era muito diferente, havia grandes diferenças entre uma quadra de terra batida, uma quadra dura e uma quadra dura indoor”, analisou.

Leia também:

[VÍDEO] Medvedev perdeu a cabeça com atitude lamentável no ATP Finals
Alcaraz: “Não quero dar desculpas, mas quando estou mal… estou mesmo mal”
Ruud: “Eu sabia que Alcaraz estava doente e aproveitei as minhas chances”

Zverev falou ainda de outra temática que está em alta: as bolas. “É uma questão importante. Como faço parte do conselho de jogadores, investiguei um pouco e perguntei às empresas sobre a produção de bolas de tênis. Desde a Covid, todas as empresas pioraram muito. A razão principal é que, devido à pandemia, tentaram reduzir os custos com um material diferente. Faz com que sejam entre 30% a 60% mais lentas do que antes da Covid. Não é só uma empresa, no geral são piores e muito mais lentas, já não são consistentes nem duram tanto. Voam rápido nos primeiros dois ou três metros e vão perdendo velocidade. Não há nada que mantenha a bola viva, algo muito diferente há cinco ou seis anos”, destacou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt