Wawrinka lembra o dia em que Djokovic lhe mudou a carreira: «Deixou-me destruído»

Wawrinka lembra o dia em que Djokovic lhe mudou a carreira: «Deixou-me destruído»

Por Pedro Gonçalo Pinto - fevereiro 9, 2022
wawrinka-djokovic

Stan Wawrinka está a passar por momentos extremamente duros nos dias que correm, uma vez que tenta recuperar de mais um problema físico. Aos 36 anos, é o número 173 do ranking ATP, mas numa entrevista tornou-se muito fácil lembrar que em causa está um jogador que conquistou três títulos do Grand Slam e que mordeu os calcanhares constantemente ao Big Three.

Curiosamente, o helvético confessou que foi Novak Djokovic quem acabou por lhe mudar a carreira. “Djokovic sempre foi um dos três grandes, mas gostava mais de jogar contra ele do que contra o resto. O ténis dele ajustava-se melhor ao meu, apesar de me ter derrotado mais vezes do que as que posso contar… Sei que me temia, sobretudo quando jogávamos em Grand Slams, era algo que sentia quando entravámos no court. Contra mim jogava sempre ao melhor nível porque sabia do que eu era capaz”, atira Wawrinka ao Sportskeeda.

De facto, dois dos títulos que conquistou em Majors foi contra Djokovic na final, mas antes de os vencer passou por um encontro determinante. “O duelo que tivemos no Australian Open em 2013 foi um dos mais importantes da minha carreira, foi um ponto de viragem. Deixou-me destruído, mas aquela derrota ajudou-me muito a nível mental para o resto da minha carreira. Algo aconteceu nesse dia”, atirou, lembrando a derrota por 12-10 no quinto set, em duelo dos oitavos-de-final.

Wawrinka agarrou nessa experiência e tudo mudou. “Naquele dia percebi que podia derrotar os melhores e ter uma carreira melhor do que a que estava a ter. Foi um encontro que, ainda por cima, acabou perto das duas da manhã. O nível de jogo de ambos foi incrível, o ambiente também. Mesmo tendo perdido, foi dos importantes da minha vida”, acrescentou.

E as coisas mudaram mesmo. É que, um ano depois, voltaram a encontrar-se no mesmo palco mas nos quartos-de-final. “Lembro-me de ter começado com muitas dúvidas e por isso perdi o primeiro set por 6-2. Mas consegui entrar no encontro e assim cheguei ao quinto set. Disse a mim próprio ‘agora tenho de conseguir, não o posso deixar escapar, é o meu momento’. E isso foi exatamente o que aconteceu, foi o encontro que me levou a outro nível na minha carreira”, afirmou o campeão do Australian Open’2014, Roland Garros’2015 e US Open’2016.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt