Tsitsipas desiludido após ser eliminado por Fritz: “Sou muito melhor do que isto”

Tsitsipas desiludido após ser eliminado por Fritz: “Sou muito melhor do que isto”

Por Pedro Gonçalo Pinto - abril 15, 2023

Stefanos Tsitsipas estava em Monte Carlo com o objetivo de conquistar o seu terceiro título consecutivo no torneio monegasco, mas a caminhada terminou nas quartas de final aos pés de Taylor Fritz. O grego saiu desapontado do jogo e falou também sobre a questão dos unicórnios sobre skates nos Estados Unidos.

ANÁLISE DA DERROTA

Simplesmente parecia apagado. O meu serviço não funcionou muito bem e contra adversários como Taylor tem que estar bem. Não conseguiu encontrar o ritmo. Sou muito melhor do que isto e estou decepcionado por não ter sido capaz de mostrar o meu jogo. Tentei lutar no segundo set. Não é um dia feliz para mim, mas foi uma boa lição.

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Depois do Australian Open, os meus resultados não foram muito bons. Não joguei muitos jogos. Esta lesão no ombro me deu a oportunidade de gerar dinâmica e ritmo. Pensei sobre como podia ganhar pontos em Acapulco e talvez jogando saudável em Indian Wells e Miami. São grandes torneios que podem dar muitos pontos para gerar confiança e acumular no caminho para Turim, que é importante para mim. Não olho para o ranking porque não me interessa. A Race é a melhor classificação para olhar.

IMPRESSIONADO COM FRITZ

Suponho que seja mais complicado para os norte-americanos jogar sobre saibro. Não estão habituados. Mas Taylor esteve genial, jogou grande tênis. Me surpreendeu um pouco como foi capaz de controlar tão bem a bola porque o meu top spin é bastante pesado. Espero um bom resultado nas próximas semanas porque quero terminar no top 4 no fim do ano.

RECADO SOBRE O SAIBRO NOS ESTADOS UNIDOS

O que escrevi foi que o saibro nos Estados Unidos é como um unicórnio num skate. Não existe. Falei disto com um amigo recentemente e falamos de como se promove o tênis sempre em quadra duras. Se joga tudo ali. Gostaria de ver o saibro em mais sítios, talvez na Ásia também. Gostava que houvesse mais torneios no saibro e em grama porque são muito bons para o corpo. Muitos jogadores concordam comigo que teríamos carreiras mais longas jogando nestas superfícies. A maior parte das lesões vêm de quadra duras e jogamos lá de setembro a março.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt