Tsitsipas abre o coração: «Pensei que ia fazer amigos no ténis e aconteceu o contrário»

Tsitsipas abre o coração: «Pensei que ia fazer amigos no ténis e aconteceu o contrário»

Por José Morgado - julho 31, 2020

Stefanos Tsitsipas tem apenas 21 anos mas já é uma das principais estrelas do ténis mundial. O melhor jogador da história da Grécia, sexto do ranking ATP e campeão das ATP Finals em 2019, abriu o coração ao site ‘Behind the Racquet’, do norte-americano Noah Rubin, e falou de alguns temas delicados da sua carreira e da sua vida sem grandes tabus.

“No início viajava apenas com o meu pai. Agora levo comigo também a minha mãe e os meus três irmãos. Sou a maior fonte de rendimento da minha família. Em 2018, quando entrei no top 15, percebi o potencial que tinha”, confessou o grego, que assume gostar de fazer outras coisas para além do ténis. Tenho hobbies que me mantêm interessado em diferentes aspectos da vida. Essas atividades mantêm-me criativo e refletem-se no meu ténis. Às vezes, eu posto coisas nas minhas redes sociais que muitas pessoas não entendem. Esses posts expressam a minha criatividade interior.”

Tsitsipas lembra o momento em que duvidou do seu potencial. Felizmente para ele, não durou muito. “Houve alturas em que as coisas não me estavam a sair tão bem, estava a jogar Futures e duvidei de que era capaz. O meu país estava à beira da bancarrota, os meus tios estavam desempregados e não tinham como sustentar as suas casas. Senti-me parte do problema, senti-me isolado. Precisei de ajuda e o psicólogo ajudou-me bastante nessa fase.”

Stefanos admite que nunca teve muitos amigos, nem no ténis, nem fora do court. “Sempre fui uma criança introvertida e com poucos amigos. Quando comecei a jogar ténis e a viajar achei que ia fazer alguns, mas aconteceu exatamente o contrário, porque os tenistas guardam muita coisa para eles mesmos. Sinto que os jogadores não gostam de ser amigos uns dos outros pois temem que os seus segredos sejam descobertos. São demasiado sérios. Mas os amigos fariam desta caminhada menos solitária”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com