Sinner: "Poucos sabem aquilo que passei nos últimos meses"

Sinner: “Poucos sabem aquilo que passei nos últimos meses”

Por José Morgado - setembro 9, 2024

Jannik Sinner, número 1 do mundo, conquistou neste domingo o segundo título de Grand Slam da sua vida. Depois do Australian Open, em janeiro, chegou a vez do US Open. O italiano de 23 anos passou pela sala de coletiva de imprensa e admitiu o quão especial é este torneio para ele.

TÍTULO ESPECIAL

É uma sensação incrível. Foi um jogo difícil, mas sinto que joguei bem e estive à altura. Não se pode comparar o Australian Open com o US Open. São épocas diferentes do ano. Em Melbourne foi um alívio. Eu estava trabalhando para ganhar um Slam, mas nunca sabemos se esse primeiro título vai mesmo ou não aparecer. Quando ganha um Slam, sabe que podes voltar a fazê-lo, mas este torneio foi muito difícil por causa de toda a controvérsia que marcou o pré-torneio. Fui melhorando de jogo a jogo, aumentando os níveis de confiança. Estou muito orgulhoso com a forma como lidei com tudo.

MESES MUITO DIFÍCEIS

Poucos sabem o que passei nos últimos meses. Só mesmo as pessoas mais próximas de mim. E não foi apenas na semana antes do torneio, foi algo que durou vários meses. Tentei me fechar com as minhas pessoas e entender o que aconteceu. Tive que aceitá-lo de certa maneira. Tentei ir desfrutando das pequenas coisas, mas era difícil.

ALCARAZ E SINNER VENCERAM TODOS OS SLAMS EM 2024

É bom ver novos campeões e rivais. Terei sempre jogadores que me farão um jogador melhor. Nem tudo foi perfeito hoje. Isso me faz perceber que o trabalho nunca pára se queremos ser um jogador melhor.

NÃO JOGA A COPA DAVIS

Não faria sentido. Se fosse era para ir a 100% e isso nunca aconteceria. Preciso de uns dias para descansar e vai ser bom tê-los antes de recomeçar tudo de novo na China.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com