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Roger Federer: «Para tirar algo de positivo em Wimbledon tenho que ser mais agressivo»
Sábado foi dia de alguns dos principais candidatos ao título em Wimbledon comparecerem em conferência de imprensa, perante os vários jornalistas que nas próximas duas semanas estarão presentes no All England Club. Quem não podia faltar era o vencedor por sete ocasiões no terceiro Grand Slam da temporada, Roger Federer.
Federer começou por responder como se sente fisicamente depois de duas semanas consecutivas a competir em Estugarda e Halle. “Chego muito bem a este torneio, depois de um par de meses a descansar para estar fresco para esta temporada de relva. No ano passado o meu joelho foi um problema, não me deixou jogar à vontade e paguei caro nas rondas finais”, analisou o suíço de 35 anos.
Questionado sobre aquilo que pensa de Andy Murray, o helvético só tem elogios para o número um mundial’. “Se o Andy chegar a estar a 100% é um dos grandes favoritos à vitória. Para mim, o que aconteceu ao Andy antes de Queen’s não importa, porque este é um torneio totalmente distinto que se joga numa superfície diferente. Se superar a primeira semana, acredito que estará na luta”. Quanto a Rafa Nadal e Novak Djokovic, Federer só tem pontos positivos a apontar:
“O mesmo que comentei do Andy penso do Novak e do Rafa. Djokovic ganhou em Eastbourne a jogar muito bem e o Rafa chega em grande forma depois de uma temporada de terra batida espetacular. Vão ser adversários muito complicados, mas no ténis nada é impossível”, admitiu o vencedor de 18 títulos do Grand Slam.
Para encontrarmos um tenista fora dos ‘big four’ a vencer o torneio de Wimbledon temos de recuar até ao ano de 2002, altura em que o australiano Lleyton Hewitt levantou o tão desejado troféu. Para Federer, existem vários jogadores que não estão nos ‘big four’ a poder fazer uma surpresa. “Zverev e Kyrgios já demonstraram aquilo que podem fazer. Depois temos jogadores como o Raonic, Nishikori ou Dimitrov que neste tipo de torneios crescem muito e não seria uma surpresa se conseguissem ganhar o título. Ainda que não tenha vencido nenhum título em Wimbledon, coloco o Wawrinka entre os grandes favoritos para o título final”.
Roger Federer comentou ainda a sua desistência de Roland Garros. “Custou-me muito tomar esta decisão, já que foi a primeira vez que me retirei de um Grand Slam por não me sentir 100% bem fisicamente. Isso deu-me a oportunidade de me preparar melhor para a época de relva. No entanto, para tirar algo de positivo em Wimbledon, tenho que ser mais agressivo. Neste tipo de superfícies necessito de ser rápido de pernas e cabeça”, concluiu.
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