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Primeiro-ministro italiano: «Se fosse futebol ninguém dizia nada»
Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano, foi um dos muitos espetadores que fizeram uso do Twitter para dar os parabéns a Roberta Vinci logo após ter consumado a vitória diante de Serena Williams nas meias-finais do US Open e foi um dos poucos que tiveram a oportunidade de assistir ao vivo e a cores à final feminina cem por cento italiana.
Uma deslocação a Nova Iorque que valeu ao político de 40 anos duras críticas por parte dos seus compatriotas, já que o obrigou a alterar a sua agenda política e cancelar os compromissos que tinha marcados para este sábado, nomeadamente a ida a Verona e Bari.
“É uma vergonha. Vergonha, vergonha, vergonha. É uma atitude de total desapego da vida real por parte de Renzi. Estas atitudes são uma metáfora e símbolo da política de alguns partidos”, acusou Carla Ruocco, líder do Movimento 5 Stelle, conforme avança o Libero Quatidiano.
Acusado pelos partidos da oposição de que o dinheiro gasto na viagem de avião a Nova Iorque foi um desperdício e que deveria ter sido usado para resolver os problemas do país, Renzi emitiu um comunicado em que defende afincadamente o ténis.
“Se fosse futebol, ninguém teria dito nada. Mas é ténis – tenis feminino – e portanto muitas pessoas olham para ele como um desporto menor. Quem quiser guardar ressentimentos é mais do que bem-vindo”.
O responsável político esteve com as duas jogadoras logo depois do embate e, conforme Pennetta revelou na conferência de imprensa pós-final, Renzi não podia estar mais satisfeito. “Vocês não percebem o que está a acontecer agora em Itália. É bom que vocês estejam aqui porque em Itália estão todos loucos. Fiquem por aqui alguns dias, a descansar um pouco, e depois regressem a casa”, aconselhou.
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