Norrie considera que é injusto Djokovic ter um lugar nas ATP Finals por causa de Wimbledon

Norrie considera que é injusto Djokovic ter um lugar nas ATP Finals por causa de Wimbledon

Por Pedro Gonçalo Pinto - novembro 1, 2022
epa10064056 Novak Djokovic of Serbia holds the trophy and give thumb up after winning the men’s final match against Nick Kyrgios of Australia at the Wimbledon Championships, in Wimbledon, Britain, 10 July 2022. EPA/NEIL HALL EDITORIAL USE ONLY

Novak Djokovic ainda pode acabar o Masters 1000 de Paris entre os oito primeiros da Race para as ATP Finals, mas o sérvio, atualmente em 10.º lugar, já tem o passaporte para Turim carimbado devido ao título de Wimbledon. A regra dos Grand Slams diz que um campeão que esteve fora do top 8 mas dentro do top 20 fica qualificado, estatuto do qual Nole beneficiou e que outros criticam. Um deles é Cameron Norrie, que ainda teria hipóteses se a regra não existisse.

“Está claro que Novak se qualificou devido a Wimbledon, o que é um pouco estranho. Não sei se a regra existia antes ou não, mas parece-me um pouco injusto e acredito que para Nick Kyrgios também. Perdeu na final e não recebeu absolutamente nada. Já sabia que não ia receber pontos em nenhum momento, mas achava que ainda ia ter hipóteses”, destacou.

Norrie faz alusão ao facto de a ATP não ter atribuído pontos em Wimbledon, como resposta à proibição dos tenistas russos e bielorrussos, mas Djokovic acabou por ter essa regra a seu favor até agora. “A extração dos pontos de Wimbledon foi feita para garantir justiça para todos os jogadores e não se estimaram necessárias mais mudanças de regras. Como tal, qualquer jogador que competisse em Wimbledon ou em qualquer Grand Slam teria a oportunidade se apurar para Turim pela regra dos Grand Slams”, disse fonte da ATP ao Daily Mail.

Quem também se queixou foi Stuart Duguid, agente de Kyrgios, precisamente. “Djokovic merece estar em Turim. Mas é arbitrário que seja o único jogador a beneficiar do que fez em Wimbledon. Os contratos dos patrocinadores são afetados pelo ranking no final do ano e pelo facto de se terem apurado ou não para as ATP Finals. Muitos, como o Nick, ficaram sem nada, enquanto Novak recebeu tudo”, atirou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt