Nishikori: «Cada vez que jogas uns Jogos Olímpicos sentes-te único»

Nishikori: «Cada vez que jogas uns Jogos Olímpicos sentes-te único»

Por Tiago Ferraz - fevereiro 9, 2020
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O tenista japonês Kei Nishikori deu uma entrevista ao diário japonês Nikkan Sports e, citado pelo Punto de break, o nipónico falou do atual momento em que está fora dos courts:

«Estou a melhorar pouco a pouco e penso que, dentro de algumas semanas, estarei pronto para voltar ao circuito. Estive mal durante este tempo todo e não me via com capacidade para regressar. Depois da última cirurgia perdi muito peso e não me encontrava bem fisicamente para jogar um encontro de alta intensidade. Agora estou a voltar ao meu peso ideal e estou mais forte nos treinos», disse.

O nipónico recordou ainda o encontro diante de Rafa Nadal nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro quando estamos em ano de novas olimpíadas e elogia a prova:

«Cada vez que jogas uns Jogos Olímpicos sentes-te único. Normalmente no ténis jogas só para ti, mas numas olimpíadas dás o máximo por ti e por todo um país. É uma sensação única que muito poucas pessoas podem experimentar. Ainda recordo essa medalha de bronze no Rio (de Janeiro), foi incrível. Agora a minha cabeça está em jogar em Tóquio onde, com total certeza, será a minha última participação nesta competição. Tenho 30 anos, não sinto que esteja numa fase descendente da minha carreira, mas sou uma pessoa que sofre muito com lesões e tenho que ter consciência de que, com 34 anos, não terei o mesmo físico», salientou.

Nishikori recordou ainda a vitória diante de Rafa Nadal no Rio de Janeiro:

«Creio que foi um dos encontros mais emocionantes que tive na minha carreira profissional. Recordo que tinha o encontro bem encaminhado, mas o adversário conseguiu recuperar de um 2-5 e igualou o encontro a um set. Não fiquei nervoso e continuei a jogar ao meu nível para ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos algo que não acontecia ao meu país há 96 anos. Custou muito ganhar a um Nadal que nunca se dá por vencido», disse.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.