Na pior série de derrotas da carreira, Ivanovic diz que reforma nunca foi hipótese mas equaciona operação
Poucas jogadoras estarão a viver uma temporada de emoções tão fortes como Ana Ivanovic. Fora dos courts, a sérvia casou-se, tem a situação do seu marido Bastian Schweinsteiger no Manchester United indefinida e ainda não sabe onde vai viver nos próximos meses. Dentro deles, está a enfrentar a pior série de derrotas de uma carreira que embora tenha enfrentado altos e baixos constantes nunca viveu um ‘baixo’… tão acentuado.
Esta terça-feira, em Nova Iorque, a sérvia de 28 anos somou a sua quinta derrota consecutiva – um recorde – ao cair na primeira ronda do US Open diante da checa Denisa Allertova, número 89 WTA, por 7-6(4) e 6-1, depois de até ter servido duas vezes para a conquista do primeiro set, com um set point à mistura. É a quarta derrota seguida da sérvia numa primeira ronda, depois de o mesmo ter acontecido em Wimbledon, nos Jogos Olímpicos e em Cincinnati.
Depois de ter anunciado que não volta a jogar a Fed Cup e tendo em conta os resultados desoladores, a sérvia foi questionada sobre se a retirada dos courts tem sido equacionada e foi bastante clara na resposta. “Nem pensar, nunca pensei nisso. Já passei por momentos muito piores na minha carreira e espero reerguer-me. Sei que tenho o ténis dentro de mim, mas deixa-me muito triste porque sei o que trabalho e simplesmente não sou recompensada”.
Ivanovic admitiu ainda que tem sentido dores no pulso desde Wimbledon. “O meu pulso voltou a inflamar e é muito triste. A operação não está fora de hipótese, mas ainda tenho de analisar melhor a situação”, admitiu a antiga número um mundial, que considerou ainda voltar a fazer mexidas na sua equipa técnica. Desde que voltou a trabalhar com Nigel Sears, a sérvia soma mais derrotas… do que vitórias.
Ana Ivanovic é a segunda jogadora em atividade com mais Grand Slams consecutivos disputados, apenas superada pela compatriota Jelena Jankovic, também ela longe dos seus melhores dias. Uma eventual operação ao pulso poderia afastá-la dos courts durante várias meses, colocando em causa o Australian Open.