Menina prodígio das Filipinas tem toque português: «Eala é especial»

Menina prodígio das Filipinas tem toque português: «Eala é especial»

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 23, 2021
Alexandra-Eala

Com apenas 15 anos, Alexandra Eala promete dar muito que falar. A jovem tenista das Filipinas treina na Academia Rafael Nadal, em Maiorca, é número 3 mundial de juniores – já chegou à vice-liderança – e esta semana alcançou a primeira final sénior da carreira. Eala vai discutir o título no ITF W15 de Manacor… na Academia onde treina, com a espanhola Yvonne Cavalle-Reimers.

Uma menina prodígio que promete dar que falar e que… tem um toque português! É que Maria João Koehler trabalhou com Eala na Academia Rafa Nadal e só tem coisas boas a dizer sobre a jovem das Filipinas, não só pelo que faz dentro de campo, mas também pelo que mostra fora dele. É uma miúda especial, sem dúvida. Não só porque joga muito bem mas também porque é sempre o exemplo em tudo o resto. Na escola é das melhores alunas, é extremamente respeitadora com toda a gente e muito trabalhadora e séria em tudo o que faz. Muito nova mas muito responsável”, conta-nos a portuguesa, de 28 anos, antiga número 102 do ranking WTA.

Para percebermos essa responsabilidade, Maria João Koehler revela-nos um episódio curioso. “Lembro-me de uma vez ela ter tido uma repreensão e eu, muito incrédula, perguntei-lhe porquê. Ela, muito envergonhada, disse-me que tinha saído da academia para comer sushi quando não podia. Que tinha sido a única vez que o tinha feito e que não se repetiria. Eu ri-me e ela perguntou-me porque me estava a rir e se estava em problemas. Disse-lhe que não querendo fazer daquilo regra, que ela tinha que fazer coisas da idade dela também, coisas que todos os outros faziam. Que é muito importante não esquecer que só tinha 14 anos (agora 15)”, recorda.

Alexandra-Eala

Coragem sem ter pressa

No que diz respeito à qualidade dentro de campo, Koehler, que agora aposta na carreira de treinadora, não tem dúvidas de que Eala, também ela esquerdina, tem tudo para viver uma carreira de sucesso. No entanto, também pede calma. “É realmente extremamente talentosa na maneira como lê o jogo, na forma corajosa como o encara e no carácter que tem. Adora desafios e não tem medo de nada. Tecnicamente e fisicamente tem muita margem de progressão, mas está sempre muito disponível para trabalhar essas coisas que pode melhorar. Nunca é preciso dizer-lhe para fazer uma coisa e ter que repetir duas vezes. Tem muito potencial e acredito que vai ser uma grande jogadora, mas é muito importante não esquecer que só tem 15 anos e que há muito caminho pela frente. Que o possa fazer de forma tranquila, sem ter que provar nada a ninguém e só continuar focada no trabalho dela”, remata.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt