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Medvedev: «O ténis não vai acabar com a retirada do Big Three»
O russo Daniil Medvedev tem no US Open um Grand Slam especial para ele, uma vez que foi em Nova Iorque que o atual número 2 do Mundo disputou pela primeira vez uma final de Grand Slam e onde acabou por conquistar o seu primeiro título Major, vencendo o sérvio Novak Djokovic na final da edição deste ano. O russo de 25 anos equipada as suas prestações, apesar do desfecho distinto.
“É difícil, para mim, estabelecer se a versão do jogo que me permitiu vencer o torneio foi melhor do que a de 2019 ou mesmo aquela com a qual ganhei as ATP Finals de 2020. Mas não há dúvidas de que a final contra Djokovic deste ano foi o encontro mais importante da minha carreira. Sinto que chegar lá faz parte de um processo no qual tenho crescido, ganho experiência e aprendendo com as derrotas para procurar o meu próprio estilo”, disse o russo em entrevista ao ‘Sport Express’.
Com um historial de desentendimentos com o público, Medvedev garantiu que prefere ser aplaudido do que vaiado. “Sei que houve momentos em que poderia ter um comportamento melhor, mas as pessoas percebem que eu sou um jogador de ténis real e genuíno e que não estou a tentar enganar ninguém. Não há nada de falso em mim e aquilo que sinto é o que mostro e por isso que muitas pessoas gostam de mim, porque sabem que ofereço sempre a verdade”.
Medvedev lamentou o desempenho nos Jogos Olímpicos de Tóquio, de onde saiu sem qualquer medalha. “O problema é que o torneio foi logo após as temporadas de terra batida e relva, o que me obrigou a reconstruir o meu jogo e a adaptar-me a condições que não me beneficiavam em nada, como as que vivemos lá em Tóquio. As coisas simplesmente não funcionaram, mas eu senti que fiz o meu melhor na altura”, observou.
Campeão da ATP Cup e da Taça Davis em 2021, Medvedev não escapou a comparar os dois eventos. “Gosto das duas competições, talvez a primeira tenha a vantagem de dar pontos no ranking, mas também é um torneio preparatório para um Grand Slam e há outros eventos simultaneamente. Não posso comparar o novo formato da Davis com o antigo porque quase não joguei antes, mas devo dizer que gosto muito deste novo formato e as emoções que vivi este ano foram incríveis”, analisou.
Por fim, Medvedev também falou sobre a mudança de geração que o ténis masculino tem presenciado. “A história é cíclica e essa vertigem para o futuro já existia quando Becker e Lendl chegaram ao fim das suas carreiras e depois com Sampras e Agassi. Novos campeões acabam por chegar sempre, mais cedo ou mais tarde, e desta vez será a mesma coisa. Por mais incríveis que Djokovic, Federer e Nadal sejam, outros jogadores surgirão e manterão a emoção no ténis. O ténis não vai acabar com a retirada do Big Three”.
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