Medvedev e a guerra na Ucrânia: «Tenho as minhas opiniões e falo delas com a minha família»

Medvedev e a guerra na Ucrânia: «Tenho as minhas opiniões e falo delas com a minha família»

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 25, 2022

Daniil Medvedev foi confrontado com a possibilidade de ser proibido de disputar Wimbledon caso não se oponha publicamente ao regime de Putin e à guerra que a Rússia levou para a Ucrânia. Ora, o número dois mundial, que pode sair de Miami na liderança do ranking ATP, garantiu que é a favor da paz, mas preferiu guardar a sua opinião para si próprio.

“Cada país tem as suas regras. Agora estou aqui, feliz por jogar ténis e por me dedicar ao que mais gosto e a tentar promover este desporto no Mundo inteiro. Só vou comentar isso, não tenho nada a dizer sobre Wimbledon. Toda a gente sabe o que se está a passar, é impossível ignorar e as pessoas têm pontos de vista diferentes. Sempre disse que sou a favor da paz. É muito dura na vida falar sobre o que é justo ou não. Eu tenho as minhas opiniões e falo delas com a minha família, a minha mulher, com quem posso discutir e não faz mal se não estivermos de acordo”, referiu.

Sobre ténis, Medvedev falou sobre as possibilidades que tem de recuperar a liderança do ranking ATP, que foi sua durante apenas três semanas. “Não está na minha cabeça nem vou dormir a pensar nisso, mas sei o que é preciso. A única coisa clara é que se conseguir jogar melhor do que na Califórnia vou ter hipóteses de recuperar o primeiro lugar, estou a dar o meu melhor em cada treino. É o nível de jogo que te coloca num lugar da lista”, admitiu.

O russo falou ainda sobre as condições lentas de jogo em Miami e Indian Wells. “A superfície dos dois torneios é das mais lentas do circuito e isso faz com que tudo esteja igual. Quando defrontas bons adversários, pode não ser suficiente jogar bem, então tenho trabalhado muito para fazer melhor do que na Califórnia. Não vou dizer que são como terra batida, mas estão a caminho entre o piso rápido normal e a terra batida. Não vou dar segredos, mas posso assegurar que vou mudar coisas no meu ténis em relação a Indian Wells”, destacou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt