Medvedev: "Djokovic foi sempre igual comigo fosse eu o número 480 ou o número um"

Medvedev: “Djokovic foi sempre igual comigo fosse eu o número 480 ou o número um”

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 3, 2023
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Daniil Medvedev Novak Djokovic vão protagonizar o duelo mais aguardado da semana no ATP 500 de Dubai, ao se enfrentarem na semifinal. O russo, número 1 do mundo a certa altura no ano passado, enfrenta o atual líder do ranking ATP, alguém que só lhe merece os maiores elogios.

RENDIDO A DJOKOVIC

Gosto quando o Novak ganha Grand Slams, sobretudo se não me enfrentar. Gosto de muita coisa dele. Sempre foi bom comigo desde que era pequeno e nós nos conhecemos quando eu era número 480 do mundo. Foi sempre igual comigo fosse eu o número 480 ou o número 1 e respeito ele muito por isso. Eu também tenho o meu nome na história, fui eu que não o deixei ganhar o Grand Slam de calendário e, de certa forma, lamento, já que gostaria que ele o tivesse feito. Mas cada vez que jogo contra ele só quero ganhar. Novak desperta algo em mim. Tivemos jogos loucos e, quando o enfrento, jogo melhor.

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ESPELHAR-SE EM FEDERER

Quando era pequeno, tinha a mentalidade de ‘vamos nos divertir’, mas desde que comecei a levar o tênis mais a sério, só quero ganhar. Tento me manter concentrado. Aprendi, de certa forma, com o Roger Federer, porque no balneário ele era muito divertido, relaxado e sempre sorrindo, mas quando jogava contra ele, se fizesse um grande ponto e olhasse para ele… Tentava sorrir porque é o teu ídolo, mas ele ficava chateado contigo. Essa é a forma como deves estar nos jogos.

SAÍDA DO TOP 10

Estava um pouco decepcionado comigo mesmo, foi uma sensação estranha. Vinha outros jovens a ficarem no top 10, a terem boas exibições durante muito tempo e eu não fui capaz de o fazer no ano passado. Saí do top 10 de forma merecida e pensei como mudar isso. Não fiz nada de especial, mas estou contente por ter mudado a situação e ter voltado ao top 10. Vou tentar manter este nível o máximo de tempo possível.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt