Kyrgios sofre para vencer: "Tomei cinco analgésicos para ter o pulso dormente"

Kyrgios sofre para vencer: “Tomei cinco analgésicos para ter o pulso dormente”

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 20, 2025

Competindo depois de recuperar de uma gravíssima lesão no pulso direito, Nick Kyrgios somou a sua primeira vitória em quase dois anos e meio, ao bater Mackenzie McDonald a caminho da segunda rodada do Masters 1000 de Miami. O australiano não escondeu que a importância do momento, confessando que esteve mesmo perto de começar a chorar.

“Não vou mentir, estive mesmo perto de chorar em quadra. Penso nos últimos dois anos e foram brutais. Estive com gesso 12 semanas, não conseguia mexer o pulso e os cirurgiões diziam que nunca mais ia jogar. Ouvi muita coisa de fora, sobre se ia ser capaz de jogar a este nível e ganhar. Não consigo acreditar nisto. Ainda não assentou, até porque eu costumava ganhar! Ao mesmo tempo sinto que é normal. Mas acho que ainda não percebi que estive num momento em que não conseguia bater numa bola de tênis e agora derrotei um jogador sólido. É surreal, mas sei que o torneio não acabou e que eu não ganhei nada”, confessou.

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Agora com duelo marcado com Karen Khachanov, Kyrgios revelou que teve que entrar em quadra com o pulso direito… adormecido. “É surreal pensar nisso tendo em conta que tive que tomar cinco analgésicos antes de entrar em quadra para manter o pulso dormente”, explicou.

E o que vem aí agora? Kyrgios espera usar o ranking protegido e não ter que recorrer a wildcards. “Eu sei que provavelmente teria wildcards em quase todos os torneios, mas não quero tirar oportunidades de outros. Há muitos bons e jovens jogadores nestes torneios e não quero receber wildcards porque são para o desenvolvimento deles. Vamos ver como esta semana corre. Se vou ganhar ao Khachanov? Provavelmente não, mas vou tentar e logo se vê”, concluiu.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt