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Juan Martin del Potro: a força de vontade em pessoa rumo à final olímpica
Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce. Num país tão religioso tão católico, e para uma pessoa tão religiosa como Juan Martin del Potro, este velho ditado não poderia servir melhor. No caso do argentino, a obra foram mesmo os longos 14 meses por que teve de passar, desde a terceira cirurgia até este sábado, altura em que confirmou a sua presença na final dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Hoje, a vítima foi Rafael Nadal, pelos parcais de 7-5, 6-4 e 7-6(5).
Com um regresso intermitente à competição, a obrigação de jogar o torneio com um convite e a sorte que lhe foi destinada no sorteio, não era qualquer um que previa a presença de Juan Martin del Potro na final dos Jogos Olímpicos. Se calhar, nem o próprio previa. Mas a verdade é que, depois da vitória diante de Novak Djokovic, a torre de Tandil somou conquistas atrás de conquistas. E hoje venceu aquele foi um dos melhores encontros de ténis da semana.
O primeiro set começou até de forma favorável a Delpo, que chegou a ter uma vantagem de 3-1 após um break no jogo inaugural. Mas Nadal soube manter a concentração, atacar nos momentos cruciais e não só recuperar a desvantagem como selar a primeira partida, após direita falhada do adversário.
Sem desistir, o atual número 141 da hierarquia mundial foi novamente à luta e apoiou-se – e muito – do apoio do público para conseguiu um precioso break na segunda partida que lhe daria, uma vez mais, uma vantagem de 3-1. Só que desta vez o ascendente foi mantido até ao fim e, já com quase duas horas de encontro, era altura de disputar a partida decisiva.
Os breaks tardaram a aparecer. Ambos os jogadores estavam receosos e a não arriscar demasiado. Até que Del Potro beneficiou de algumas aberturas por parte do maiorquino e fez valer a sua direita-canhão para uma vantagem de 5-4 no seu serviço, perdida momentos mais tarde. No tiebreak, só deu Del Potro, e ao fim de 3h10 o antigo número quatro mundial estava de braços abertos a ir ter com os seus fãs, incrédulo em relação ao que se estava a passar.
“Não sei se vou estar pronto para lutar pelo Ouro amanhã. De qualquer das formas, já venci a medalha de prata, e isso é o suficiente para mim”, confessou o argentino no final.
Pela frente, Juan Martin del Potro terá agora o campeão em título, Andy Murray, que eliminou o nipónico Kei Nishikori por claros 6-1 e 6-4, num encontro que, recorde-se, é à melhor de cinco sets. Independentemente do resultado, Del Potro já provou que “impossível” é algo que não está no seu vocabulário.
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