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João Sousa: «Barcelona tem o melhor ecossistema de ténis na Europa»
Foi aos sete anos que começou a jogar ténis com o pai no Clube de Ténis de Guimarães, o único sítio onde era possível praticar a modalidade na cidade-berço. A ida para Espanha foi inevitável para o desenvolvimento profissional de João Sousa, que encontrou na BTT Tennis Academy, em Barcelona, condições para tornar no jogador de ténis que é hoje. Em Portugal, na altura, não seria tão fácil, e ainda não o é.
Atualmente com 26 anos, foi há 11 que João Sousa rumou até à capital catalã com algum ceticismo por parte dos seus pais, como já contámos. “Barcelona tem o melhor ecossistema de ténis na Europa. Os melhores jogadores e treinadores estão lá, por isso é o lugar onde deve estar quem quiser ser jogador profissional”, contou o número um nacional em entrevista ao Portugal Confidential.
“Encontramos sempre bons jogadores com quem treinar. Um elemento importante é também o facto de permitirem que os jogadores treinem frequentemente e, ao mesmo tempo, sigam o seu percurso académico“, continuou João Sousa, que diz ainda ser “mais difícil encontrar estas condições em Portugal”.
Deste lado da fronteira, conta o atual 57.º classificado da hierarquia mundial, as condições já melhoraram muito: “Portugal está a passa pelo melhor momento no ténis. Temos o maior número de jogadores no ranking ATP, muitos jogadores novos e bons treinadores”. Mas ainda há muito a fazer:
“O problema em Portugal passa pelas instalações (especialmente no norte, onde existem muitos poucos courts indoor), pelo apoio (que não é suficiente por parte dos patrocinadores, governo ou escolas que permitam aos jovens disputar torneios e viajar pelo mundo) e a nível de afluência (ainda não temos um número suficiente de jogadores de topo que permitam a qualquer um encontrar bons parceiros de treino)”.
– A força mental é a chave para o sucesso –
Tendo já estado na 35.ª posição do ranking, e com nomes como Novak Djokovic, Rafael Nadal e Andy Murray pela frente, João Sousa considera que a principal motivação é “sempre ser melhor do que no dia anterior”:
“Estou sempre a trabalhar para melhorar o meu jogo quer seja no campo físico, técnico, mental ou emocional. Quero estar entre os melhores jogadores de ténis do mundo durante muito tempo”, referiu Sousa. Então, qual é a chave para tudo isso? “Diria que é a força mental. Sem ela nunca se consegue ir longe como jogador de ténis profissional”.
O pupilo de Frederico Marques está neste momento em preparação para o Masters 1000 de Monte-Carlo, o último evento antes do Millennium Estoril Open.
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