Jaime Faria cai no Estoril Open com sabor amargo: "A raquete pesou um pouco mais"

Jaime Faria cai no Estoril Open com sabor amargo: “A raquete pesou um pouco mais”

Por Pedro Gonçalo Pinto - abril 3, 2024
Créditos: Miguel Reis/Millennium Estoril Open

A fazer a estreia absoluta no quadro principal de um torneio ATP, Jaime Faria não conseguiu ultrapassar o lucky loser David Jorda Sanchis, acabando por ser eliminado na primeira ronda. O jovem português confessou ter ficado com um sabor amargo, mas leva a experiência para crescer e voltar mais forte.

ANÁLISE AO ENCONTRO

Um encontro que queria muito ganhar, não consegui. Hoje a raquete pesou um bocadinho mais, não consegui lidar com isso. O David está de parabéns, ele merece. Fez mais do que eu para ganhar.

TIE-BREAK DECISIVO

Ao longo do primeiro set estava com ascendente, sempre melhor do que ele. Levo um break muito mal levado, com alguns erros. Sabia que estava a servir melhor do que ele e mais confortável, mas não consegui no tie-break ser melhor. O tie-break depois é um bocadinho uma lotaria. Esteve melhor num ponto ou outro, que faz toda a diferença.

DEFRONTAR UM LUCKY LOSER 

Por vezes pesa um bocadinho mais, não consegui lidar com isso. Ia jogar com o Lestienne, não seria o favorito. Calhou-me o David, que já conheço há muito tempo do circuito Future. Sabia que ia ser taco a taco, talvez partisse favorito, mas sabia que ia ser muito complicado. Pesou um bocadinho mais mas foi um conjunto de coisas.

BALANÇO DA ESTREIA

Se houver torneio para o ano espero estar cá. Foi uma participação positiva, ainda que quisesse ter feito mais. Mas para o ano espero jogar.

UM ESTATUTO DIFERENTE

É especial. Eu vivia aqui perto e vim aqui ver todas as edições desde que começou aqui o Millennium Estoril Open. É especial mas um bocadinho desgastante, não estou habituado a lidar com isso. O dia de ontem foi complicado, estive entra, não entra, fui ali entrar e fui engolido pelos miúdos. São tudo coisas que me ajudam a crescer para uma próxima edição e mais jogos destes. É tudo muito bom e seguir.

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EXPERIÊNCIA DE FUTURES PARA ATP

É o fruto do que consegui fazer nos Futures, é um troféu jogar aqui no Estoril Open. Um prémio, digamos. Mas tenho de começar a habituar-me mais a estes jogos. É a primeira vez, é normal, mas é aqui que eu quero estar, vou ter de trabalhar para jogar aqui. Agora vou ao circuito Challenger a alguns torneios tentar apurar-me para os Grand Slams. Vou ter de passar por este circuito se quiser ser o que ambiciono ser.

IMPORTÂNCIA DE JOÃO SOUSA

Quando comecei a jogar torneios do nível em que ele estava foi já no final, só me cruzei um bocadinho. O João foi bastante importante na transição dos Futures para os Challengers, tenta passar-me muitas mensagens. É um bocado triste ele retirar-se neste torneio, mas é especial numa estreia minha ele retirar-se. Significa bastante e espero seguir as passadas do João.

CALENDÁRIO QUE SE SEGUE 

Depende muito. Em princípio vou jogar Oeiras, depois devo ir para a República Checa jogar Challengers em Ostrava e Praga. Depois depende se me qualifico para Roland Garros ou não. Agora é trabalhar para esta nova fase. Cheguei aos Challengers, agora é tentar consolidar o meu ranking. Vamos a isso.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt