Gonçalo Oliveira sem dúvidas: «É pena agora todos serem muito sérios e não como Paire»

Gonçalo Oliveira sem dúvidas: «É pena agora todos serem muito sérios e não como Paire»

Por Pedro Gonçalo Pinto - setembro 28, 2022
Gonçalo-Oliveira
Sara Falcão/FPT

Gonçalo Oliveira, número 384 do ranking ATP, complicou a vida a Benoit Paire (165.º) na primeira ronda do Lisboa Belém Open, Challenger que se joga no CIF, mas acabou por ceder com os parciais 7-5 e 6-4. No final, o português não escondeu que, mesmo na derrota, gostou da experiência.

“Tive set point no primeiro depois de virar de break abaixo. No segundo set tive break points para ir acima e não consegui fazê-lo. Mas sinto que foi um jogo bonito, com pontos bonitos. O Benoit se calhar fez o ponto do ano. É um grande jogador, tem muita variedade. Tinham-me avisado que o serviço dele e a esquerda eram muito perigosos. Ultimamente não tem jogado ao nível dele, mas não é que não tenha nível. Simplesmente está um bocado preguiçoso, não está com vontade de correr. Tentei deslocá-lo muito, mas a esquerda dele é mesmo muito boa. Pouco a pouco fui-me ajustando. Mas foi divertido jogar com ele, foi uma experiência boa mesmo tendo perdido. Se tivesse ganho o primeiro set, se calhar ele tinha ido abaixo”, atirou.

Por outro lado, elogiou a própria postura de Paire, tantas vezes criticada por outros. “Estava muita gente, foi pena ter sido no court 1. Merecia ter sido no Court Central. Disseram-me que como não tinha aparecido muito no clube, não sabiam se ele ia aparecer. Ele é dos poucos tenistas da maneira antiga, que não leva isto tanto a sério. No tempo do Borg, McEnroe, não levavam tanto a sério e havia histórias engraçadas no circuito. É pena agora serem muito sérios e não como ele, porque se fossem como ele o ténis tinha muito mais carisma, ambiente e seria mais atrativo para as pessoas verem”, destacou.

Gonçalo Oliveira dá boa réplica mas é eliminado por Benoit Paire em Lisboa

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt