Gastão Elias em entrevista [parte II]: «É tudo conversa até chegar o Sinner e ser tudo dele»

Gastão Elias em entrevista [parte II]: «É tudo conversa até chegar o Sinner e ser tudo dele»

Por Pedro Gonçalo Pinto - fevereiro 20, 2021
Gastão-Elias
FOTO FPT

Além de ter conversado connosco sobre um plano mais pessoal e o que espera para esta fase da carreira, Gastão Elias não teve problemas em lançar um olhar à atualidade do ténis, começando mesmo pelo Australian Open. E a verdade é que o tenista português acredita que Daniil Medvedev tem muitas hipóteses de sair campeão do primeiro Grand Slam da temporada.

“Previa um Australian Open com algumas desistências, com muita gente a sentir dores e lesões, que foi o que aconteceu. Não havia outra coisa a ser esperada. Em relação à final, é um muro de cada lado. Mas se tivesse de apostar, metia dinheiro no Medvedev. Acho que está num nível de sólido chato. Serve que nem um animal, chega a tudo, é rápido, não falha, ataca bem”, destaca o ex-57.º classificado do ranking ATP.

Questionado sobre se Medvedev terá hipóteses de alcançar o topo da hierarquia mundial masculina, Gastão Elias abre a porta a essa hipótese… embora por pouco tempo. É que o português tem muita confiança num jovem prodígio que promete continuar a dar muito que falar.

“Se Medvedev começar aqui o ano a ganhar o Australian Open… Não sei, não. A questão da terra batida é a única que pode ser um problema para o Medvedev. Para ser número um tem de estar bem o ano todo. Se ficar sem pontuar quase nada nesses meses, mas isto aqui é tudo conversa até chegar o Jannik Sinner e é tudo dele. Neste ano, pode ser top 10 e no ano que vem se calhar está a ganhar títulos do Grand Slam. Se calhar estou a atravessar-me um bocadinho, mas… Ah, e isto supondo que o Kyrgios continua de férias. É que temos esse menino que quando decidir na cabeça que quer jogar um bocadinho ninguém o pára. Mas não me admiro nada de que daqui a muito pouco tempo esteja o Sinner a um, o Félix [Auger-Aliassime] a dois e o resto lá atrás”, analisa.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt