Federer: «Fui testado sete vezes no último mês»
Já passou o primeiro teste em Wimbledon, e com distinção, diga-se, mas foi ainda antes do Grand Slam inglês arrancar que Roger Federer revelou ter sido testado sete vezes nos últimos meses. “Tem sido um pouco pesado”, admitiu o número dois mundial à imprensa presente no All England Club.
Ainda assim, não é quantidade de vezes que a autoridade antidoping entra em ação que preocupa o suíço de 36 anos mas os critérios que motivam os testes. “Duas vezes em Estugarda. Em Halle. E na Suíça, na cidade onde moro. A pessoa que faz o teste mora na mesma cidade do que eu, torna-se conveniente. Se estiver aborrecido, em casa, ele pensa, ‘vamos lá ver como é que o Roger está. De qualquer maneira, só demoro uns dez minutos'”.
“Tenho sido testado muitas vezes, com muita frequência fora da competição. Disse muitas vezes que nunca tinha sido testado no Dubai, o que era um pouco dececionante. Em 15 anos que lá morei nunca fui testado. Penso que isso varia muito consoante o sítio onde estejamos. Essa é a parte que não me agrada tanto: a inconsistência dos lugares onde acontecem os testes antidoping”.
“Percebo que isso esteja relacionado com o orçamento da WADA (agência mundial antidoping), porque não é viável viajar para qualquer sítio por causa de um teste. Mas isso não devia ser desculpa. É por isso que eu defendo que precisamos de mais recursos, e espero que isso aconteça. Não acredito que sejam feitos testes suficientes, e o mais importante é que as pessoas sejam profissionais, que saibam o que estão a fazer, que nos tratem como humanos e não como criminosos”, concluiu.