Djokovic sente o peso: «Não sei quantas mais oportunidades de ganhar Grand Slams vou ter»

Djokovic sente o peso: «Não sei quantas mais oportunidades de ganhar Grand Slams vou ter»

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 8, 2022

Novak Djokovic já se prepara para mais uma final de um Grand Slam. Será a 32.ª vez que o número três do Mundo chega a esta fase de um Major, sendo que agora irá medir forças com Nick Kyrgios em Wimbledon. O sérvio sente o peso da ocasião e explica que vai tentar aproveitar ao máximo.

MAIS UMA FINAL EM WIMBLEDON

É sempre um objetivo chegar ao encontro em que se joga pelo título. Estou muito satisfeito por estar em posição de ganhar o troféu. Foi um bom encontro. Não comecei tão bem como noutros encontros aqui em Wimbledon. Não me senti bem, com muitos erros, não tinha ritmo. Os nervos apoderaram-se dos dois, mas ele lidou melhor. Num mau jogo dele no segundo houve um ponto de viragem. A dinâmica mudou. Comecei a ficar melhor, fazia com que ele corresse mais. Foi três sets sólidos depois. Espero sempre jogar melhor do que fiz, mas tenho de estar contente.

PÚBLICO CONTRA

Nunca é agradável jogar com o estádio todo a puxar pelo teu adversário, mas já estava à espera, ele jogava em casa. Mantive-me concentrado. Não foi fácil fechar o encontro. Senti muita pressão a servir, mas fi-lo bem. Todos precisamos de encontrar soluções, adaptar-nos e aceitar as circunstâncias.

RELAÇÃO COM KYRGIOS

Não sei se lhe chamaria bromance, mas temos uma melhor relação do que antes de janeiro deste ano. Quando foi muito complicado para mim na Austrália, ele foi um dos poucos jogadores que me defendeu publicamente e que me apoiou. É algo que aprecio verdadeiramente e respeito-o muito por isso.

O QUE ESTÁ EM JOGO

Sei o que está em jogo. Cada encontro, cada Grand Slam que jogo nesta fase da minha carreira, há muito em jogo. Não sei quantas mais oportunidades de ganhar Grand Slams vou ter no futuro. Vou para esta final com atitude positiva e com confiança e vontade de ganhar. Há coisas que faço para estar preparado mental, emocional e fisicamente. Não é garantia nenhuma porque pode acontecer muita coisa, há muita pressão e expectativa. A experiência que tenho a este nível, jogando contra alguém que nunca esteve numa final de um Grand Slam, pode jogar a meu favor. Ao mesmo tempo, não me parece que ele se deixe afetar muito pela pressão. Joga às mil maravilhas cada vez que vai para o court. Tem muita potência, vou tentar estar preparado.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt