Djokovic: "Não me lembro da última vez que não estava nervoso para um jogo"

Djokovic: “Não me lembro da última vez que não estava nervoso para um jogo”

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 4, 2023

Novak Djokovic retornou a Wimbledon com mais um triunfo, o 29º seguido, desta vez diante do argentino Pedro Cachin, se classificando para a segunda rodada do Grand Slam britânico. O número 2 do mundo confessou que ainda se sente nervoso cada vez que pisa em quadra e também explicou o que aconteceu durante a paralisação de uma hora e meia mesmo com o teto fechado.

DE VOLTA A WIMBLEDON

Tivemos algumas circunstâncias estranhas quando se fechou o teto, com o jogo atrasando durante uma hora e meia, mas entrar na Quadra Central de Wimbledon como atual campeão é uma sensação que não existe em nenhum outro torneio do mundo. É incrível, estar de volta a um torneio de sonho, além de ter vencido o primeiro jogo. Foi uma exibição sólida. Sei que posso jogar sempre melhor, mas ao mesmo tempo, depois de uma longa temporada de saibro e de ter chegado a Wimbledon sem nenhum jogo oficial, esperava ainda não estar a 100% no meu nível de tênis. Estive nesta situação antes, então espero que à medida que o torneio avançar também possa subir o meu nível.

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NERVOSO POR INICIAR DEFESA DO TÍTULO

Os nervos estão sempre aqui, claro, porque você está num estádio cheio em uma das quadras mais importantes do Mundo. Mesmo que tenha tanta experiência e encontros aqui, ainda me sinto nervoso. Não me lembro da última vez que joguei um jogo, sobretudo em Grand Slams, em que não estivesse nervoso. É normal. A questão é como se adaptar a isso.

PARALISAÇÃO DE UMA HORA E MEIA

Falamos sobre isso. Estive em constante comunicação com o supervisor e com o árbitro e até o chefe de clube veio falar conosco. Estavam confusos porque é algo que nunca tinham visto acontecer desde que a Quadra Central tem teto. Normalmente, o ar condicionado demora 10 a 20 minutos a fazer o seu trabalho para secar a grama. Foi o que aconteceu na Quadra 1, mas nós não pudemos jogar tão logo. Tanto o Pedro como eu queríamos. Fomos à quadra para mostrar ao público que queríamos estar lá, mas havia muitas zonas que estavam escorregadias. Tocávamos lá e a mão ficava completamente molhada.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt