Djokovic radiante de volta: «O que se passou não substitui tudo o que já vivi na Austrália»

Djokovic radiante de volta: «O que se passou não substitui tudo o que já vivi na Austrália»

Por Pedro Gonçalo Pinto - dezembro 29, 2022

Novak Djokovic está de regresso à Austrália depois de ter sido deportado há um ano. O número cinco do ranking ATP vai disputar o torneio de Adelaide e falou abertamente de tudo o que se passou, garantindo que não esquece… mas que não se sobrepõe às boas memórias da Austrália.

DE VOLTA À AUSTRÁLIA

É magnífico estar de volta à Austrália. O que aconteceu há doze meses não foi fácil. É dececionante abandonar o país daquela maneira. Agora esperava mesmo ter autorização para voltar à Austrália porque é um país onde tive grandes êxitos na minha carreira, particularmente em Melbourne, com o meu melhor Grand Slam, ganhando nove vezes. Sempre me senti muito bem na Austrália, sempre joguei o meu melhor ténis e recebi muito apoio. Espero ter outro grande verão.

DEPORTADO NO INÍCIO DO ANO

O que aconteceu não dá para esquecer. É algo que vai ficar comigo para o resto da minha vida. Foi algo que nunca tinha vivido e espero que nunca mais. Foi uma experiência de vida valiosa para mim. Voltar à Austrália mostra o que sinto por este país, por jogar aqui. O que aconteceu não substitui tudo o que já vivi na Austrália em toda a minha carreira.

OLHOS POSTOS NO AUSTRALIAN OPEN

O objetivo é chegar no topo a Melbourne. É lá que quero jogar o melhor possível. Nesta altura da minha carreira, com todos os feitos, cada vitória num grande torneio é a possibilidade de fazer mais história. Claro que isso me faz sentir muito humilde. É um grande objetivo, mas também uma grande motivação. Não me falta inspiração nem motivação para jogar o meu melhor ténis.

PORQUÊ ADELAIDE E NÃO A UNITED CUP

Escolhi Adelaide porque queria jogar algum torneio antes do Australian Open. Pensei que a United Cup era um pouco cedo de mais para mim, queria um ATP 250. Olhando para a lista de jogadores, não é mesmo um 250, mas um 500 ou talvez um Masters 1000. Alguns dos melhores do Mundo estão a jogar aqui.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt