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Djokovic espera um dia ser tão amado pelo público como Federer
Novak Djokovic defrontou pela sexta vez Roger Federer em Flushing Meadows e, pela sexta vez, o sérvio precisou de lutar não só contra as muitas e variadas armas do maior vencedor de títulos do Grand Slam da história da modalidade como contra as ruidosas e enérgicas bancadas nova-iorquinas.
Venerado por onde quer que passe, Roger Federer tem no US Open o maior e mais caloroso públicos de todos e, na final deste domingo, as 23 mil pessoas que encheram o Arthur Ashe Stadium esmeraram-se como nunca o tinham feito.
É compreensível que um campeão como Federer tenha a maioria do apoio onde quer que jogue. Eu aceito isso.
Na hora do discurso de campeão, o número um mundial não fez qualquer referência ao público, contrariando o que é habitual na cerimónia de entrega de prémios, mas não teve, no entanto, como fugir ao assunto na sala de imprensa.
“Houve muito apoio para o Roger”, começou por dizer o campeão do US Open. “E houve algum para mim. Eu tentei concentrar-me nos que estavam a apoiar-me. Não há muito que se possa fazer em relação a isso, só tenho de me concentrar no meu jogo. Claro que ao fim de três horas e 20 minutos acaba por haver altos e baixos na concentração e deixas que algumas coisas te distraiam, mas é preciso voltar ao encontro”, acrescentou.
O jogador dos Balcãs apontou ainda a experiência e os muitos encontros disputados diante do helvético como o fator fundamental para não se deixar afetar com a situação, admitindo que percebe o fascínio que o povo de Nova Iorque tem por Federer.
“Não me posso sentar aqui e criticar o público, pelo contrário. É compreensível que um campeão como Federer tenha a maioria do apoio onde quer que jogue. Eu aceito isso. Toda a gente tem o direito de apoiar o jogador que entende e ele merece esse apoio, por todos os anos de sucesso e pela forma como se comporta dentro e fora do court. Não há dúvidas quanto a isso”, esclareceu Djokovic.
E se no court não se intimidou em lançar um eufórico grito para as bancadas depois de vencer de forma estoica um dos melhores pontos do encontro, dando-lhe o break no início do terceiro set, sentado frente aos jornalistas não escondeu que é o frenesi das sessões noturnas que tornam o US Open tão especial e que o fazem desejar vestir a pele Roger Federer, um dia. “Eu estou no court para ganhar o apoio e espero no futuro estar na mesma posição [que ele]”.
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