Dimitrov elege o tenista mais difícil que enfrentou: "Quis me enfiar num buraco e desaparecer"

Dimitrov elege o tenista mais difícil que enfrentou: “Quis me enfiar num buraco e desaparecer”

Por Pedro Gonçalo Pinto - abril 1, 2024

Grigor Dimitrov fez uma trajetória impressionante no Masters 1000 de Miami, mas encerrou-a de forma abrupta ao ser derrotado por Jannik Sinner na final. Ainda assim, o búlgaro de 32 anos assegurou o retorno ao top 10 e saiu de cabeça erguida. Além disso, relembrou o tenista que o deixou mais desesperado em quadra.

ANÁLISE À FINAL

Infelizmente, os dez anos a mais que tenho do que ele fizeram diferença. No geral, só quero focar nos aspectos positivos dessas semanas. Foi um torneio no qual não joguei bem nos últimos anos. Era um objetivo vir aqui e dar o meu melhor. Estive muito assertivo durante toda a semana. Também ocorreram muitas coisas nos bastidores. Venci jogadores muito bons, foi muito positivo. É evidente que a semana é do Jannik, ele jogou um tênis incrível. É realmente impressionante como foi capaz de manter a forma como joga.

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SINNER E AS COMPARAÇÕES

O jogador mais duro que enfrentei no seu melhor momento foi o Roger. Foi muito divertido, de fato. Lembro-me de algumas vezes, incluindo em Wimbledon, em que quis me enfiar num buraco e desaparecer. Ainda não voltei a sentir isso contra ninguém. Ele é com quem mais sofri. Neste momento, o Jannik está jogando um tênis incrível e sinto que não o devemos comparar com ninguém. Se pudesse jogar contra ele amanhã, jogaria. Mesmo que perca, quero competir novamente. O medo nunca vai servir para nada no nosso esporte.

RETORNO AO TOP 10

Todas essas vitórias nos últimos sete, oito meses são a razão pela qual estou de volta ao top 10. É algo que me deixa muito feliz. Para mim, pessoalmente, começa a ser interessante como posso tornar difícil para qualquer um desses rapazes me vencer. Joguei contra tantas gerações que sempre me adapto e aprendo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt