Coco Gauff se inspira em Kobe Bryant para a final do US Open

Coco Gauff se inspira em Kobe Bryant para a final do US Open

Por Pedro Gonçalo Pinto - setembro 8, 2023

Coco Gauff levou a melhor diante de Karolina Muchova para marcar duelo com Aryna Sabalenka na final do US Open 2023. No final, se mostrou radiante, mas garante que ainda não está satisfeita.

PARALISAÇÃO DE 50 MINUTOS POR CAUSA DE ATIVISTAS

Foi um pouco desafiador porque não era um adiamento típico, não sabíamos quanto tempo ia demorar. Estávamos falando com o supervisor e com os seguranças, mas nos disseram que aquilo podia ser cinco minutos ou uma hora. Foi difícil determinar se ficávamos aquecidas ou conservávamos energia, mas depois de dez minutos de espera decidi ir para o vestiário, mudar de roupa e comer algo. A vida é assim.

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SEGUNDA FINAL DO GRAND SLAM

O torneio de Roland Garros (que foi à final) foi uma surpresa para mim, embora também não esperasse chegar aqui à final. Me sinto aliviada por conseguir tudo o que as pessoas esperam de mim. Não acreditava que tinha tudo dentro de mim, sobretudo na final com a Iga, que estava numa série de vitórias. Agora me foquei em mim mesma e nas minhas expectativas, não entrei nas redes sociais, não ouvi pessoas que acham que podem dizer o que faço ou não faço. Agora tenho a maturidade e a capacidade para fazer isso. Independentemente do que acontecer no sábado, estou muito orgulhosa de como geri as últimas semanas.

INSPIRADA EM KOBE BRYANT

Quando digo que ainda há trabalho por fazer é uma referência ao Kobe Bryant, tinha uma mentalidade incrível. É uma das coisas que você tem que assimilar quando você está por cima, como quando ele ia para a final da NBA ou quando tinham 3-1 em uma eliminatória. Nunca celebrava. Devia sentir prazer, mas rapidamente seguia em frente. Essa é a mentalidade que tenho, tento desfrutar do momento, mas ao mesmo tempo sei que ainda tenho muito trabalho por fazer. Estar na final é incrível, mas ainda não estou satisfeita.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt