Coco Gauff: «É muito difícil que algum dia sinta que pertenço ao patamar de Serena e Venus»
Está tudo pronto para um duelo aliciante logo na segunda ronda do Australian Open. Coco Gauff e Emma Raducanu, duas jovens estrelas, vão defrontar-se, sendo que ambas sabem o que é lidar com muitas expectativas e pressão. Ainda assim, a norte-americana acredita que a adversária sofre mais.
RELAÇÃO COM RADUCANU
Falo muito com ela em todos os torneios. Não a conhecei em juniores, então agora tenho oportunidade de falar mais com ela no circuito. Sei que passou por muitíssima pressão depois de aparecer, mais do que eu senti em qualquer Grand Slam ou na minha carreira. Ser do Reino Unido, ser a melhor britânica, a primeira a alcançar algo assim em muito tempo, deu-lhe mais pressão. Eu já estou habituada ao ser norte-americana. Agora a Serena está retirada, mas foi sempre para ela que toda a gente olhou.
PRESSÃO EM JOGADORAS JOVENS
Há uma grande diferença entre ganhar um Grand Slam e fazer quarta ronda. Eu era mais jovem quando recebi toda a atenção, pelo que lidar com tudo numa idade mais madura é mais fácil do que com 15 anos. Mas claro, eu nunca ganhei um Grand Slam nem sou britânica, nem fui a primeira britânica a fazê-lo em não sei quantos anos. No meu país temos muitas jogadoras muito boas. Para os adeptos, há sempre alguém para quem olhar, mas no Reino Unido só a têm a ela.
COMPARAÇÃO COM AS IRMÃS WILLIAMS
A pressão é a mesma, mas o que a Serena e a Venus fizeram neste desporto ainda está noutro nível. É muito difícil que algum dia sinta que pertenço ao patamar da Serena e da Venus. É muito difícil assumir esse testemunho. Se a Serena só tivesse ganho dois Grand Slams, talvez eu a sentisse um pouco mais perto, mas ganhou mais de 20. Estou à procura do primeiro ainda.