Berrettini faz história e torna-se no primeiro italiano a chegar à final de Wimbledon

Berrettini faz história e torna-se no primeiro italiano a chegar à final de Wimbledon

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 9, 2021
berrettini

Mamma mia! Matteo Berrettini nunca vai esquecer o dia em que se tornou no primeiro italiano da história a garantir um lugar na final de Wimbledon. O número 9 do ranking ATP assinou mais uma exibição carregada de potência para travar o conto de fadas de Hubert Hurkacz, o carrasco de Roger Federer nos ‘quartos’, para concretizar um momento marcante nos livros do ténis transalpino. Fê-lo com a receita habitual, quase sempre sem concorrência à altura, justificando o lugar no encontro decisivo do All England Club.

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Berrettini superou o 18.º do ranking ATP com os parciais 6-3, 6-0, 6-7(3) e 6-4, com o terceiro set a ser mesmo o único momento em que o italiano teve algumas dificuldades extra, tendo em conta a subida de forma do polaco. Berrettini até perdeu mesmo esse tie-break, mas quebrou no primeiro jogo da quarta partida e nunca mais olhou para trás para carimbar mesmo o passaporte rumo ao encontro mais importante da sua carreira até agora.

O italiano salvou os dois pontos de break que teve pela frente, disparou 22 ases e somou uns impressionantes 60 winners face a apenas 18 erros não forçados, com um ténis perfeitamente adaptado à relva. Já Hurkacz não conseguiu exibir o nível que mostrou frente a Federer e fica pelas meias-finais, enquanto Berrettini se torna apenas no quarto homem italiano a disputar a final de um torneio do Grand Slam, depois de Giorgio De StefaniNicola Pietrangeli (campeão por duas vezes em Roland Garros) e Adriano Panatta (dono de um título em Paris). Se considerarmo também as senhoras, Berretini será o oitavo italiano, visto que é preciso considerar Francesca Schiavone, Sara Errani, Flavia Pennetta Roberta Vinci.

O próximo passo para Berrettini é tentar conquistar apenas o quarto título de singulares masculinos para Itália num torneio do Grand Slam após os referidos feitos de Pietrangeli e Panatta, o último a festejar, então em 1976. Para tal, terá de ultrapassar o vencedor do duelo entre Novak Djokovic Denis Shapovalov.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt