Berrettini diz que Alcaraz lembra Djokovic na devolução

Berrettini diz que Alcaraz lembra Djokovic na devolução

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 11, 2023
berrettini alcaraz wimbledon
David Grey/AELTC/Wimbledon

Matteo Berrettini apostava tudo no serviço para conseguir complicar Carlos Alcaraz nas oitavas de final de Wimbledon, mas o espanhol descobriu a forma de incomodar o italiano e venceu para avançar às quartas em Londres pela primeira vez. No final, Berrettini disse estar orgulhoso pela companha e ainda comparou o número 1 do mundo a Novak Djokovic.

DERROTA DURA COM ALCARAZ

Sim, é uma derrota muito dura. Joguei contra o melhor do mundo, então esperava este tipo de nível. Ele encontrou maneira de me deixar desconfortável. Acredito que podia ter jogado melhor, mas o tênis é assim. Nem sempre aparece o resultado que você quer. Agora é bastante duro, mas tenho que estar muito orgulhoso de mim mesmo e olhar em frente.

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O QUE LEVA DE WIMBLEDON

Agora é difícil colocar tudo na perspectiva correta. Não gosto de perder, então é difícil dizer que foi um bom torneio, embora saiba que foi. Daqui a umas horas ou dias vou ser capaz de apreciar o que fiz. Pensei seriamente em não jogar dois dias antes, por isso, chegar à quarta rodada e perder desta forma contra o Carlos é algo que deve deixar-me muito orgulhoso. Voltei a sentir-me vivo e é isto que quero fazer.

FORÇA DE ALCARAZ NA DEVOLUÇÃO

A sua capacidade de reação é extraordinária. É capaz de responder em slice a um primeiro serviço e quando consegue tem muita sensibilidade. É sempre difícil. Na primeira bola, você tem que ser muito preciso porque ele gosta de se defender. Aí está o que é verdadeiramente complicado, porque no segundo serviço fica muito perto da linha de fundo e não importa se você varia as tuas pancadas, ele encontra sempre o momento certo. Me faz lembrar um pouco o Novak nessa sensação de que devolve com reflexos e com grande capacidade de reação. Senti isso. Mas quando encontrei o ritmo ele não também não gostou. O jogo se decidiu em poucas coisas, mas ele foi melhor.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt