BOMBA: Associação de Jogadores criada por Djokovic declara guerra judicial contra entidades do tênis

BOMBA: Associação de Jogadores criada por Djokovic declara guerra judicial contra entidades do tênis

Por José Morgado - março 18, 2025
djokovic entrevista
Divulgação/ATP

É uma verdadeira bomba que promete marcar um antes e um depois no tênis mundial: a Associação de Jogadores de Tênis Profissionais (PTPA), cofundada por Novak Djokovic em 2020, apresentou uma queixa de 163 páginas no Tribunal Distrital dos Estados Unidos, em Nova York, solicitando um julgamento com júri.

A ação alega que os jogadores profissionais estão “presos em um jogo manipulado” e “têm controle limitado sobre suas carreiras e marcas pessoais”. A PTPA contesta o calendário de torneios, o sistema de classificação e o controle exercido pela ATP e pela WTA sobre os direitos individuais dos atletas, especialmente no que diz respeito à remuneração dos jogadores.

Além da PTPA, os signatários da ação judicial incluem Novak Djokovic, Nick Kyrgios, Vasek Pospisil, Anastasia Rodionova, Nicole Melichar-Martinez, Saisai Zheng, Sorana Cîrstea, John-Patrick Smith, Noah Rubin, Aldila Sutjiadi, Varvara Gracheva, Tennys Sandgren e Reilly Opelka.

O processo alega que o circuito mundial de tênis está sob controle monopolístico e exige compensações da ATP, WTA, ITF, além da Unidade de Integridade do Tênis (ITIA). Além de Nova York, a ação também foi movida no Reino Unido e na União Europeia.

“O tênis está quebrado. Por trás do glamour promovido, os jogadores estão presos em um sistema injusto que explora seu talento, reduz seus ganhos e põe em risco sua saúde e segurança. Esgotamos todas as opções para tentar o diálogo e alcançar mudanças, mas não nos deixaram outra escolha. A resolução dos problemas sistêmicos não significa prejudicar o tênis de forma alguma; trata-se de salvá-lo para as futuras gerações de jogadores e fãs”, afirmou Ahmad Nassar, diretor executivo da PTPA.

A PTPA considera que ATP, WTA, ITF e ITIA agem como um cartel, alegando que os torneios assinam contratos com orçamentos pré-definidos para impedir a entrada de potenciais concorrentes no mercado.

A ação judicial também busca a alteração do calendário. Os jogadores argumentam que a temporada, com 11 meses de duração, não lhes dá tempo suficiente para recuperação, considerando ainda os horários e as condições climáticas dos treinos, que prejudicam sua saúde. Eles reclamam das frequentes lesões causadas pelas más condições e do controle exercido pelas organizações sobre seus direitos pessoais e rendimentos. Os atletas já haviam manifestado insatisfação com a porcentagem insuficiente que recebem dos lucros dos torneios, especialmente nos Grand Slams. O objetivo do processo, afirmam, é garantir um tratamento justo e respeitoso.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com