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Pedro Araújo está orgulhoso de 2024 e quer acabar o próximo ano “sem ter que jogar ITFs”
Pedro Araújo, de 22 anos, viveu uma temporada memorável. O tenista lisboeta começou o ano a rondar a posição 900 do ranking ATP e acaba a época perto do top 400 e só não entrou já porque falhou por pouco o acesso aos seus primeiros quartos-de-final Challenger na Maia esta quinta-feira.
DUELO COM ANDREJ MARTIN
Estive perto. No segundo set estive a ganhar 2-0 mas perdi cinco jogos seguidos. Ainda reajo bem mas acabo por fazer um jogo de serviço muito mau a 5-4 e entreguei o set. No terceiro tive as minhas chances mas escaparam-me dois jogos de serviço em que estive 40-15 acima. Isso a este nível pesa no resultado. Ele jogou bem em alguns momentos decisivos e foi melhor nessas alturas. Mereceu a vitória. Fiz três encontros esta semana, dois de singulares e um de pares. Nos três joguei a bom nível. Hoje faltou um bocadinho e há que continuar a trabalhar e a melhorar.
O SEU NÍVEL JÁ É DE CHALLENGER?
Acho que tenho momentos em que consigo jogar muito bem mas há alturas em que ainda saio do jogo e tenho lapsos de concentração. Há alturas em que jogo mais e melhor do que alguns dos jogadores que estão neste nível Challenger, mas também tenho outros momentos durante os encontros em que desço ainda mais baixo do que o meu ranking atual. Isso faz alguma diferença. Em parto já me sinto neste nível mas tenho de trabalhar para ser mais consistente. Tenho de tentar fazer um esforço para estar presente em todos os pontos. Tenho de me focar mais em mim e menos no adversário e no resultado. É um processo, tenho vindo a melhorar, mas ainda tenho muito que melhorar.
MOMENTO MAIS MARCANTE DO ANO
O primeiro título foi o momento do ano que me fez sentir mais realizado. Foi uma semana em que ainda hoje não tenho palavras para descrever [competiu sem as suas raquetas]. Não estava nada à espera que o primeiro título acontecesse naquela semana, mas as coisas foram acontecendo e eu tive mérito pela forma como fui ganhando encontros. Não foi nem de perto, nem de longe o momento em que me senti a jogar melhor e mais feliz. Estava longe de casa, com poucas pessoas lá. Tive a companhia do Diogo e sem ele nem teria conseguido jogar. Agradeço-lhe a ajuda e a amizade que tivemos durante este ano. Tentei ajudá-lo a ele e ele a mim.
SE HÁ UM ANO LHE TIVESSEM DITO QUE ESTA SERIA A SUA ÉPOCA, ASSINARIA?
Teria de pensar. Talvez sim. Acho que sim.
OBJETIVOS PARA 2025
Primeiro entrar no top 400. Um passo de cada vez. Ainda há pouco tempo entrei no top 500 e a ascensão que tenho feito dentro do top 500 tem sido bastante rápida. Infelizmente hoje não consegui dar o passo seguinte, mas não quero forçar-me demasiado nesse tipo de objetivos. Quando acontecer, acontecerá e acredito que tenho nível para isso.
UM DESEJO PARA O NOVO ANO
Acabar o ano a não precisar de jogar mais torneios ITF.
O QUE ASSINARIA PARA 2025 EM TERMOS DE RANKING?
Top 250.
PRÓXIMAS SEMANAS…
Vou de férias, descansar um bocadinho, ocupar a cabeça com outras coisas. Estudar um bocadinho. A época foi longa e é agora importante desconectar um pouco do ténis e pensar noutras coisas. Estar com outras pessoas, em casa, descansado antes de atacar a próxima época.
Pedro Araújo perde diante de ex-top 100 numa fabulosa batalha de quase três horas
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