Como funciona a classificação para os Jogos Olímpicos: entenda os critérios

Como funciona a classificação para os Jogos Olímpicos: entenda os critérios

Por Pedro Gonçalo Pinto - fevereiro 8, 2024
epa09384937 Gold medalist Alexandar Zverev of Germany celebrateson the podium afterwinning the Men’s Single gold medal match during the Tennis events of the Tokyo 2020 Olympic Games at the Ariake Coliseum in Tokyo, Japan, 01 August 2021. EPA/MAST IRHAM

O ano de 2024 promete ser especial devido à realização dos Jogos Olímpicos de Paris. Muitos tenistas têm apontado o torneio olímpico como um dos grandes objetivos da temporada, restando saber se vão conseguir garantir a classificação para a competição que se realizará em Roland Garros. Sendo assim, a ITF publicou os critérios que dão acesso aos Jogos Olímpicos, com vários pontos importantes a serem considerados.

Olhando para a chave principal masculino como exemplo, há 64 lugares para preencher, dos quais 56 são preenchidos diretamente pelo ranking. No entanto, isso não implica, de forma alguma, que os 56 melhores do ranking garantirão essas vagas, devido à limitação de quatro representantes por país na chave de simples

Além disso, há outros seis lugares para as competições regionais: duas vagas para campeão e finalista dos Jogos Pan-Americanos (Facundo Díaz Acosta e Tomás Barrios Vera), uma para o campeão dos Jogos Asiáticos (Zhang Zhizhen), uma para o campeão dos Jogos Africanos (disputam-se em março) e outras duas para campeões olímpicos e de Grand Slam que não tenham entrado pelo ranking: aqui entram nomes como Andy Murray ou Rafael Nadal, apesar de o espanhol poder utilizar ranking protegido.

 

Mas há vários critérios importantes a serem considerados. Por exemplo, Díaz Acosta não está garantido porque estas vagas de campeões regionais só estão asseguradas se os jogadores estiverem dentro do top 400 e se o seu país não exceder a cota na chave. Por outro lado, um requisito apresentado é ter disputado duas eliminatórias da Taça Davis (ou Billie Jean King Cup) entre as temporadas de 2023 e 2024, embora haja exceções que podem ser aplicadas: lesão/doença, ter atingido um estatuto para jogar a competição mais tarde no ciclo olímpico, o país ter opções fortes que dificultem a chamada à seleção e o histórico de grandes feitos na Copa Davis ou Jogos Olímpicos.

Resta agora saber como essa lista será finalizada e como esses critérios serão aplicados. O ranking válido será o que for verificado imediatamente após Roland Garros.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt