Djokovic respira de alívio rumo às semis: "As coisas começarem a encaixar no terceiro set"

Djokovic respira de alívio rumo às semis: “As coisas começarem a encaixar no terceiro set”

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 23, 2024
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Divulgação/Australian Open

Novak Djokovic sofreu durante dois sets frente a Taylor Fritz, até se soltar das amarras e mostrar grande nível para carimbar o acesso às semifinais do Australian Open mais uma vez. O número 1 do mundo meteu o pé no acelerador quando o sol se escondeu, um fator que considerou decisivo.

INÍCIO DE JOGO DIFÍCIL

Foi um dia com muito calor e começou com um game de 17 minutos, com trocas de bola muito exigentes a nível físico, o que condicionou bastante o primeiro set. Estive muito desconfortável porque o Taylor jogou de forma muito agressiva, estava em cima da linha de fundo e tirava-me tempo com suas pancadas. Obrigava-me a jogar na defensiva também, pois ele serviu muito bem. Há que dar muito mérito, pois foi para a quadra com um plano de jogo claro. Felizmente, não demorou muito até o estádio ficar à sombra e as coisas começarem a encaixar no terceiro set.

DE MENOS A MAIS

As minhas sensações foram melhorando a partir do terceiro set; comecei a servir bem e a resolver os meus jogos de serviço sem grandes dificuldades. Isso fez com que respondesse melhor também. Estou muito satisfeito com a maneira como joguei o terceiro e quarto sets, mas foi um daqueles dias em que não desfrutei nada na quadra.

SOFRER PARA GANHAR

O calor era evidente, e a questão é que esta superfície absorve muito calor, então a temperatura para nós é mais alta do que nas arquibancadas. Tornou-se difícil controlar o ritmo cardíaco e a respiração porque jogamos com grande intensidade, e o gasto de energia é muito superior ao tempo disponível para recuperar entre pontos. Há dias em que é preciso aceitar a situação e saber sofrer. Portanto, estou orgulhoso por ter ganho este jogo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt