Djokovic: "Sei que o Federer não gostava da maneira como eu me comportava"

Djokovic: “Sei que o Federer não gostava da maneira como eu me comportava”

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 19, 2024
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Divulgação/Australian Open

Já com um lugar garantido nas oitavas de final do Australian Open 2024 após derrotar Tomás Etcheverry, Novak Djokovic foi questionado em coletiva nesta sexta-feira (19) de imprensa sobre se já se sentiu criticado por outros tenistas. O sérvio lembrou Roger Federer, mas também deixou recados, citando novamente o nome de Ben Shelton.

SENSAÇÕES APÓS NOVO TRIUNFO

Joguei melhor do que nas duas primeiras rodadas, isso é positivo. Fisicamente e a nível de jogo, me senti melhor, embora não tenha jogado no meu melhor nível. Antes de chegar a este torneio não me sentia de todo bem física e tenisticamente. Ainda não encontrei o meu melhor nível, mas já estou na quarta rodada. Acho que as coisas progridem conforme o torneio avança. Espero que cada dia fique melhor.

QUE DOENÇA TINHA?

Não fiz nenhum teste de Covid-19. O que tenho é um vírus normal que está nas etapas finais.

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ALGUM TENISTA JÁ O CRITICOU PELA SUA ATITUDE?

Sei que Federer não gostava da maneira como eu me comportava. Não sei em relação aos outros. Imagino que não era o favorito dos tenistas top, já que nunca tive medo de dizer que queria ser o melhor do mundo. Tinha confiança e sentia que tinha jogo para isso. Nunca faltei com respeito a ninguém. Sempre cumprimentei antes e depois dos jogos e dei os parabéns ao adversário. O respeito deve estar sempre presente.

OUVE AS CRÍTICAS OU IGNORA?

Esse tipo de coisa me dava mais força. Se eu cometia um erro, admitia. Pedia desculpa ou o que fosse preciso, mas se a crítica viesse sem motivo, então seguia a direção que eu queria. Não dá para agradar a todo mundo. Você é o que você é, como joga, como te comporta e o que duz. Todos somos diferentes e temos os nossos próprios gostos. Penso que é bom que o Shelton tenha confiança, não me importo com isso, apoio 100% que alguém vá para a quadra com a confiança com que Prizmic entrou no outro dia, por exemplo, mas há uma linha tênue, de um comportamento aceitável em relação ao outro jogador. Se você cruza essa linha, então é ruim. Mas sou a favor de que os jovens mostrem confiança e a expressem.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt