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Djokovic confessa que se interessa mais por enfrentar Nadal do que Alcaraz
Em uma longa e interessante entrevista com o The National, Novak Djokovic, que se prepara para competir no ATP 500 do Dubai, lançou um olhar à sua carreira e ao que mais o motiva neste momento. O sérvio não tem problemas em afirmar que prefere enfrentar Rafael Nadal do que Carlos Alcaraz, fala sobre o fato de ficar satisfeito se acabar empatado em Grand Slams com Rafa e garante que Nadal e Roger Federer sempre o têm inspirado.
MUDANÇAS NA LONGEVIDADE
Tudo mudou muito no esporte. Há dez anos, quando se chegava aos 30, você já era velho para a competição de alto nível. Agora vemos LeBron, Messi, Federer, Serena, Nadal, Brady… todos rendendo ao máximo para além dos 35 anos. Considero isso muito positivo porque pode ser inspirador para os mais jovens ao verem que não há limites temporais na sua trajetória. Presto atenção máxima à nutrição, ao descanso, ao sono, treino muito mentalmente, controlo quem está à minha volta, cada pequena coisa é importante. Acho que cada vez há mais esportistas que percebem isso e como fazer isso bem pode prolongar muito uma carreira.
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EXEMPLO DE FEDERER
Sei que a minha carreira está na reta final, mas acho que tenho a vantagem de ter aprendido muito com os meus companheiros do Big Three. Olhei para Federer, como geriu a sua longa carreira e me inspirei em Nadal com a sua atitude de nunca se render. Gostaria que as pessoas lembrassem de mim sempre pela minha dedicação ao tênis e devoção por este esporte, por alguém que constantemente procurou uma forma de evoluir, ser melhor a cada dia e superar a si mesmo.
PREFERE ENFRENTAR NADAL… A ALCARAZ
Neste momento, me motiva mais enfrentar Rafa do que Carlos, por tudo o que está em jogo entre nós e por tudo o que temos partilhado. Acho que uma final de Grand Slam contra Nadal seria incrível. Ficaria satisfeito com a minha carreira se eu e o Rafa terminarmos empatados em títulos de Grand Slam. Claro que gostaria de ter mais do que o meu maior rival, mas quando chegar o momento de me aposentar, não terei nada para me arrepender; inclusive, se me aposentasse e ele ganhasse outros 10 Grand Slams. Talvez doesse não ser o recordista, mas você nunca sabe quando é suficiente. É preciso ter um equilíbrio mental entre ambição extrema e aproveitar cada oportunidade, mas também estar orgulhoso de tudo o que já se conseguiu e ter humildade para aceitar o que chegar. Tenho uma luta interna para combinar isso tudo.