Alcaraz salva match point, derrota Sinner em duelo histórico e estreia-se em 'meias' de Grand Slam

Alcaraz salva match point, derrota Sinner em duelo histórico e estreia-se em ‘meias’ de Grand Slam

Por José Morgado - setembro 8, 2022

Carlos Alcaraz, jovem espanhol de 19 anos que tem sido o verdadeiro fenómeno da temporada de 2022 e já ocupa o quarto posto do ranking mundial, alcançou esta quarta-feira (já madrugada de quinta) em Nova Iorque uma das vitórias mais importantes da sua vida, ao sair por cima de um dos melhores encontros da temporada — e de longe o melhor torneio — para se qualificar para as meias-finais do US Open, a sua estreia nesta fase da prova em torneios de Grand Slam.

Num duelo que prometia (muito) e não desiludiu, Alcaraz, na luta por poder sair de Nova Iorque como número um do Mundo, derrotou o italiano Jannik Sinner, 13.º colocado ATP, por 6-3, 6-7(7), 6-7(0), 7-5 e 6-3, num inacreditável duelo de 5h15, em que quaisquer palavras são curtas para descrever a qualidade, intensidade e entrega dos jogadores em mais uma sessão noturna que fica para a história.

Alcaraz entrou melhor do que nos duelos anteriores diante de Sinner e pareceu o melhor jogador durante dois sets e meio, mas não aproveitou nenhum dos seus cinco set points na segunda partida e perdeu uma chance de fechar o terceiro set no seu serviço, quebrando muito mentalmente a partir desse momento.

Só que quando Sinner parecia ter a vitória no bolso — liderou por 5-3 no quarto set –… não conseguiu fechar. O italiano serviu para a vitória a 5-4, teve match point, mas acabaria por ver Alcaraz dar a volta para vencer o quarto set… e ‘fugiu’ com o quinto. O encontro terminou às 2h50 da manhã em Nova Iorque, o final de jornada mais tardio da história do torneio.

Nas meias-finais, Alcaraz vai agora defrontar o norte-americano Frances Tiafoe, naquele que será o segundo encontro entre os dois. O norte-americano venceu em Barcelona 2021, quando Alcaraz ainda nem estava no top… 100. Foi só há 16 meses…

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com