Como Kyrgios mudou: «Arrancaram-me de um pub às 4 da manhã para jogar com Nadal»

Como Kyrgios mudou: «Arrancaram-me de um pub às 4 da manhã para jogar com Nadal»

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 4, 2022
kyrgios

Nick Kyrgios diz que é um homem diferente. Nos quartos-de-final de Wimbledon depois de levar a melhor diante de Brandon Nakashima, o australiano garantiu que muito mudou, lembrando para esse efeito um episódio no Grand Slam britânico em 2019. Além disso, falou sobre a oportunidade que tem de continuar a avançar no All England Club.

ANÁLISE À VITÓRIA CONTRA NAKASHIMA

Fiquei muito impressionado com o nível do Brandon. Esteve muito bem, especialmente no serviço, onde foi difícil eu atacar. Além disso, tem uma boa esquerda e sente-se confortável a responder. Eu não estive ao meu melhor nível, não senti a bola da mesma maneira como contra Tsitsipas ou Krajinovic. Sabia que tinha de manter a cabeça baixa e lutar para conseguir a vitória. Estou muito contente por ter seguido em frente.

PROBLEMAS FÍSICOS

Acordei no dia seguinte ao encontro com Tsitsipas com dores no ombro. Joguei muito ténis no último mês e meio, então sabia que estava na altura de o meu corpo ter dores. É normal. Neste ponto da competição, acho que ninguém se sente a 100 por cento. Mentalmente, sinto que agora lido melhor com estas situações. No início da minha carreira, sabia que se não estivesse a 100 por cento fisicamente, tinha hipóteses de perder. Agora tomei analgésicos para acalmar a dor. Espero estar melhor para o próximo encontro.

MUDANÇA DE MENTALIDADE

Houve um momento da minha carreira em que me obrigaram a sair de um pub às 4 da manhã para jogar a segunda ronda contra Rafael Nadal no Court Central. Foi o meu manager quem me tirou dali muito chateado. Percorri um longo caminho, isso é verdade. Mudei muito. Tenho hábitos diários que são bons, uma equipa de apoio incrível. O meu fisioterapeuta é dos meus melhores amigos, o meu agente é o meu melhor amigo. E tenho a melhor namorada do Mundo.

PRÓXIMO OBSTÁCULO

Na minha secção estava Berrettini. Quando vês que Matteo não está por doença, é um suspiro de alívio para todos os jogadores dessa parte do quadro. Vejo uma grande oportunidade para mim. Garín está a jogar a um bom nível, claro. Hoje deu a volta a Alex de Minaur. Esperava jogar contra o meu amigo e fiquei surpreendido quando soube que Garín tinha ganho. Tenho de estar concentrado, recuperar e competir de novo.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt