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João Sousa: «Queria que o Challenger de Guimarães tivesse sido o último da minha carreira»
João Sousa, que esta semana ficou a um passo de voltar a uma final quase três anos e meio depois, abriu o livro e deu uma entrevista na qual fala um pouco sobre tudo. O melhor português de sempre, número 182 do ranking ATP nesta altura, ficou à porta da final do Challenger de Alicante, um nível onde esperava não ter de voltar, como o próprio confessou.
“O último ano tem sido difícil. Tudo começou no fim de 2019, quando me lesionei no pé por uma dor que se arrastava desde Gstaad. Não estive a 100% e afetou-me mentalmente. Este ano voltei aos Challengers oito anos depois, um circuito que não jogava desde o verão de 2013, quando ganhei em casa o torneio de Guimarães, um torneio que foi praticamente feito para mim, para eu o jogar. Queria que esse tivesse sido o último Challenger da minha carreira, por isso agora é tudo mais duro de aceitar”, explicou ao portal espanhol ‘Punto de Break’.
Aos 32 anos, João Sousa vê o circuito Challenger como “duríssimo hoje em dia”, sendo que se torna “realmente difícil ganhar encontros”. “No outro dia estava a falar com responsáveis da ATP e dizia-lhes que era impensável que, hoje em dia, um tipo que esteja a 200 do mundo não ganhe a vida com o ténis. Agora, o número 200 pode ganhar perfeitamente ao 60.º. Quando eu estava nos Challengers e era mais ou menos 70.º, podia jogar contra o número 110 e sabia que ia ganhar. Eu era o típico jogador que perdia contra quem tinha de perder e ganhava contra quem tinha de ganhar. De vez em quando, havia alguma surpresa”, explica.
Com muita honestidade, o vimaranense reconheceu ainda que tem sido especialmente difícil lidar com tantas derrotas. “Os perdedores encontram sempre desculpas, enquanto os ganhadores encontram o caminho para a vitória. Essa é a realidade, a grande diferença. Mesmo que as coisas vão mal, a tarefa é encontrar um caminho para ganhar. O que conta é ganhar, seja a jogar bonito ou feio. Sei que tenho um nível, mas às vezes tenho de aceitar o facto de perder encontros que não devia perder. No meu caso, entendo isto custou-me muito no último ano”, confessou.
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