Gauff e o impacto de Federer: «Eu era a banda de abertura num concerto de rock»

Gauff e o impacto de Federer: «Eu era a banda de abertura num concerto de rock»

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 4, 2021
coco-gauff

Aos 17 anos, Coco Gauff está nos oitavos-de-final de Wimbledon pela segunda vez, mas a forma como chega à segunda semana desta feita é bem diferente da primeira. Há dois anos, a norte-americana surpreendeu tudo e todos, mas agora até já há quem a coloque entre as candidatas ao título. Pois bem, por trás deste sucesso está também… Roger Federer. A própria Coco refere que o suíço tem tido um papel determinante, mesmo sem que se aperceba disso.

“Roger exerce uma grande influência sobre mim tanto dentro como fora de court. É alguém a quem se pode sempre ir pedir conselhos. Tem muita classe e é alguém com quem queres ser parecido. É fantástico ser próxima dele e espero que continue assim, e que continuemos a ganhar até ao fim do torneio. Somos de gerações diferentes, quero ser o melhor modelo de pessoa que puder ser. Mas não sou a pessoa que sou por causa do Roger. Sou a Coco”começou por comentar.

Ainda assim, não deixa de se sentir nervosa por vezes. “Parte do motivo pelo qual estava tão nervosa na segunda ronda era porque estava a jogar no Court Central mesmo antes dele. Sentia que eu era a banda de abertura num concerto de rock. Neste último encontro não estive tão nervosa. Nem sei bem porque estive tão nervosa na segunda ronda! É como nos concertos, onde há um artista principal e um mais pequeno que vai antes. É assim mesmo”comentou, entre risos.

Agora prepara-se para defrontar Angelique Kerber, a única jogadora ainda no quadro que já conquistou Wimbledon. “Lembro-me de quando ela foi campeã, foi uma vitória que muita gente não esperava. Sabe perfeitamente o que precisa para chegar a esse nível e também teve uma grande vitória na Alemanha na semana passada. Vou sair e jogar sem pressão. O meu pai disse que já igualei o meu registo de 2019 e que, por isso, tenho de jogar mais solta”, atirou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt