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Gauff e o impacto de Federer: «Eu era a banda de abertura num concerto de rock»
Aos 17 anos, Coco Gauff está nos oitavos-de-final de Wimbledon pela segunda vez, mas a forma como chega à segunda semana desta feita é bem diferente da primeira. Há dois anos, a norte-americana surpreendeu tudo e todos, mas agora até já há quem a coloque entre as candidatas ao título. Pois bem, por trás deste sucesso está também… Roger Federer. A própria Coco refere que o suíço tem tido um papel determinante, mesmo sem que se aperceba disso.
“Roger exerce uma grande influência sobre mim tanto dentro como fora de court. É alguém a quem se pode sempre ir pedir conselhos. Tem muita classe e é alguém com quem queres ser parecido. É fantástico ser próxima dele e espero que continue assim, e que continuemos a ganhar até ao fim do torneio. Somos de gerações diferentes, quero ser o melhor modelo de pessoa que puder ser. Mas não sou a pessoa que sou por causa do Roger. Sou a Coco”, começou por comentar.
Ainda assim, não deixa de se sentir nervosa por vezes. “Parte do motivo pelo qual estava tão nervosa na segunda ronda era porque estava a jogar no Court Central mesmo antes dele. Sentia que eu era a banda de abertura num concerto de rock. Neste último encontro não estive tão nervosa. Nem sei bem porque estive tão nervosa na segunda ronda! É como nos concertos, onde há um artista principal e um mais pequeno que vai antes. É assim mesmo”, comentou, entre risos.
Agora prepara-se para defrontar Angelique Kerber, a única jogadora ainda no quadro que já conquistou Wimbledon. “Lembro-me de quando ela foi campeã, foi uma vitória que muita gente não esperava. Sabe perfeitamente o que precisa para chegar a esse nível e também teve uma grande vitória na Alemanha na semana passada. Vou sair e jogar sem pressão. O meu pai disse que já igualei o meu registo de 2019 e que, por isso, tenho de jogar mais solta”, atirou.
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